Novo comandante do Exército reúne generais da cúpula na próxima terça-feira

Expectativa é de que o General Tomás Miguel Ribeiro Paiva apresente suas primeiras diretrizes e indique como pretende lidar com as investigações sobre a possível participação de militares nos atos de vandalismo do dia 8 de janeiro em Brasília

Por Trago Verdades em 23/01/2023 às 07:01:21

Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

O General TomĂĄs Miguel Ribeiro Paiva, novo comandante do Exército Brasileiro, farĂĄ sua primeira reunião da cĂșpula da instituição estando na função. Ele foi escolhido para assumir o lugar do general JĂșlio Cesar de Arruda, demitido pelo presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT) no Ășltimo sĂĄbado, 21. O encontro desta terça deve contar com a participação dos 16 generais de quatro estrelas que compõem o alto comando. A expectativa é de que Paiva apresente as primeiras diretrizes e indique como pretende lidar com as investigações sobre a possĂ­vel participação de militares nos atos de vandalismo do dia 8 de janeiro em BrasĂ­lia. Em uma série de declarações à imprensa no final de semana, o ministro da Defesa, José MĂșcio Monteiro, confirmou a intenção do governo de punir a eventual subordinação e que havia mais clima para a permanĂȘncia do antigo comandante do Exército Brasileiro. "Evidentemente que depois dos Ășltimos episódios, a questão dos acampamentos, a questão do dia 8 de janeiro, as relações, principalmente no comando do Exército, sofreram uma fratura no nĂ­vel de confiança. Nós achĂĄvamos que nós precisĂĄvamos estancar isso logo de inĂ­cio até para que nós pudéssemos superar esse episódio", disse.

Para o capitão de fragata de reserva da Marinha Robson Farinazo, especialista em assuntos militares, a defesa pĂșblica do papel constitucional do Exército pelo novo comandante, feita em discurso na semana passada é um bom sinal: "Nós vemos pessoas, à esquerda e à direita, querendo criar uma clivagem entre Forças Armadas e governo. Então a gente vĂȘ muitas pessoas de esquerda que querem jogar o governo contra os militares e algumas pessoas de direita que querem jogar os militares contra o governo. Isso é inadmissĂ­vel. Os militares são instrumentos de Estado, da continuidade administrativa no Brasil. Eu acho que a normalidade vai ser atingida, e as coisas vão tomar seu rumo", afirmou. Reação semelhante teve o general Juarez Cunha no Ășltimo domingo. Em uma rede social, o ex-presidente dos Correios no governo Bolsonaro escreveu: "Amigos militares, hora de reajustar o dispositivo e recompor as forças. Disciplina é o nosso farol, a Constituição o guia, o respeito aos nossos chefes garantem o ĂȘxito na missão. Somos instituição de Estado, não partidĂĄria, não sujeita às turbulĂȘncias da polĂ­tica partidĂĄria".


Fonte: Jovem Pan

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