Assinaturas de streaming devem crescer em 2023

Segundo uma empresa que faz projeções de assinantes de streaming, o número de assinaturas deve crescer em 2023

Por Trago Verdades em 25/01/2023 às 20:26:21

Uma companhia que rastreia serviços de assinatura de vídeo online, a Omdia, determinou que em 2022, 171 milhões de assinantes de plataforma de streaming foram adicionados. Agora, a Omdia projeta que a contagem de assinantes crescerá em mais 143 milhões em 2023.

A previsão completa, que se estende até 2027, resultaria em meio bilhão de assinantes adicionais migrando para as plataformas nos próximos cinco anos. Essa foi a implicação otimista de um relatório da Omdia, apresentado pela diretora sênior de pesquisa Maria Rua Aguete na terça-feira no Content Americas de Miami, via Variety.

A previsão para 2023 é metade do pico de aumento dominado pelo isolamento causado pela pandemia em 2020, que viu 280 milhões de assinantes adicionais. Esse ano está provando ser uma anomalia compreensível. O número de 143 milhões para 2023 talvez seja melhor em comparação com o período 2017-2019, que teve uma média de crescimento ano a ano de 175 milhões, disse Rua Aguete Variety.

"10% dos assinantes adicionais líquidos vieram da América Latina, o que deve representar 14% em 2023", o que equivaleria a 18,5 milhões de assinantes adicionais, de acordo com a análise reenviada pela Rua Aguete. Isto sugere um território em outro estágio de crescimento, auxiliado por um enorme aumento de conteúdo latino-americano agora produzido pelas grandes plataformas.

A apresentação da Omdia mostra que 2022 teve 127 produções originais latino-americanas transmitidas em todas as plataformas. Isso se compara favoravelmente a 60 em 2019, 73 em 2020 e 70 em 2021.

Mas e quanto à publicidade? "2023 será o ano em que a publicidade em vídeo online ultrapassará todos os outros segmentos de mídia com receita de US$ 221 bilhões", disse Rua Aguete, acrescentando: "Será o segmento de geração de receita número um em todos os meios de comunicação".

Essa previsão provavelmente aumentará o escrutínio da eficácia mensurável dos anúncios no setor. O YouTube é o serviço de vídeo número 1 em termos de usuários mensais nas faixas etárias abaixo e acima de 35 anos, nos EUA, México e Brasil.

O TikTok supera a Netflix e é o número 2 para hispânicos nos EUA e mexicanos com menos de 35 anos. Também aparece no Top 10 para maiores de 35 anos, provando que as plataformas além de uma certa escala têm bases de usuários consideráveis além de seu núcleo demográfico. Analisando os principais serviços de vídeo para a população hispânica dos EUA e a população mais ampla dos EUA, há a aparição surpresa de Tubi para o público hispânico. Isso se explica pelo grande catálogo em língua espanhola que cresceu, representando 5% de seus catálogos. Visando uma população de mais de 60 milhões nos EUA, os catálogos em espanhol provavelmente continuarão a crescer nos próximos anos.

A apresentação terminou com uma visão geral do setor FAST (Free Ad Supported Television). É uma vertical pesada, com mais de 1.500 canais FAST apenas nos EUA, mas está claro que há um clima otimista de crescimento de receita de US$ 4 bilhões no ano passado para mais de US$ 12 bilhões nos próximos cinco anos. Para o mercado latino-americano, Rua Aguete previu que "o Brasil atingirá receitas de US$ 100 milhões até 2027, representando cerca de metade do mercado total da Latam FAST".


Fonte: Olhar Digital

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