A partir de agora, a chamada prova de vida, procedimento essencial para o pagamento de aposentadorias e pensões, ficará a cargo do próprio INSS. Com a mudança, o segurado não precisa mais comparecer pessoalmente à agência bancária onde recebe o dinheiro para comprovar que está vivo. Isso será feito através do cruzamento de dados da própria previdência com outros órgãos públicos. Pelas novas regras, o INSS terá 10 meses a partir da data de aniversário do beneficiário para comprovar que o titular está vivo. Se não conseguir fazer a comprovação neste período, o segurado ganhará mais dois meses para provar que está vivo e, assim, continuar recebendo. Neste caso, o beneficiário será notificado sobre a questão pelo aplicativo "Meu INSS", pelo telefone na central 135 e pelos bancos, para identificar-se e informar o governo. Em último caso, o INSS poderá ir na casa do beneficiário para fazer a prova de vida. O procedimento ficou suspenso por três anos por causa da pandemia.
O ministro da Previdência, Carlos Lupi, diz que a ideia é de evitar filas e diminuir o sacrifício de idosos e pensionistas com dificuldades físicas. "Quando o INSS cria esse sistema de inverter a prova de vida. Porque que o cidadão tem que informar que está vivo? [ ] Muitos não têm condições físicas e nem gente da sua família que leve até um posto para provar sua vida. Com esse ato simples, a gente começa a mudar a relação do INSS e da previdência social com o seu patrão, que é o povo", diz Lupi. A meta do INSS é fazer a prova de vida automática de 17 milhões de aposentados e pensionistas em 2023. Mas, mesmo sem ser obrigatória, a comprovação ainda pode ser feita pelo segurado, bastando ele seguir os procedimentos tradicionais indo a uma agência bancária ou pelo aplicativo "Meu INSS"
Segundo determinação ainda no governo Bolsonaro (pode ser verificado aqui), medida passa a vigorar em 2023.
Fonte: Jovem Pan