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8 de janeiro

Comandantes da PM perderam a capacidade de comandar e foram ignorados durante atos de 8 de janeiro, diz interventor

Ricardo Cappelli afirmou que lideranças militares tiveram ordens não atendidas e que na ocasião 9 comandantes estavam de fĂ©rias


WALLACE MARTINS/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O interventor na Segurança PĂșblica do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, apresentou nesta sexta-feira, 27, um balanço da intervenção e apuração dos atos de 8 de janeiro, em que prédios pĂșblicos foram depredados por manifestantes. De acordo com a avaliação do interventor, lideranças dos batalhões da PolĂ­cia Militar perderam capacidade de comando durante o dia e tiveram ordens ignoradas e não atendidas. Além disso, ele informou que nove pessoas do comando militar estavam de férias e fora de serviço durante 8 de janeiro. "O comandante da PM, coronel FĂĄbio Augusto, esteve desde o inĂ­cio da manhã no campo de operações. Tentou defender as linhas, primeiro no Congresso e depois atuou no STF. Apesar das tentativas dele, as ordens não foram atendidas", indica. Ele complementou que a falha do coronel seria de não conseguir exercer seu comando. Questionado se acredita em uma omissão das forças militares no dia, Ricardo Cappelli citou uma frase do ministro Celso Amorim. "Quem quiser que acredite em coincidĂȘncia. Eu acredito em teoria da conspiração", declarou. O interventor ainda afirmou que 6 coronéis foram exonerados e 6 inquéritos policiais militares foram abertos para apurar o corrido. Além disso, todos os nomes indicados por Anderson Torres para a secretaria de segurança pĂșblica também foram exonerados. A equipe coordenada pelo ex-secretĂĄrio JĂșlio Danilo retornou aos cargos . Durante a coletiva de imprensa, Ricardo Cappelli ainda confirmou que a conduta de Anderson Torres gerou instabilidade na segurança pĂșblica do Distrito Federal, com a troca dos servidores e viagem em sequĂȘncia. Ele também cita omissão do ex-secretĂĄrio ao receber um relatório de inteligĂȘncia e não tomar ações protetivas. Para ele, houve falta de liderança. O interventor finalizou a apresentação reforçando confiança na corregedoria da PM para apurar conduta dos agentes e no compromisso do novo secretĂĄrio de segurança pĂșblica Sandro Avelar de continuar a investigação dos fatos após o fim da interveção federal, que ocorre em 31 de janeiro.

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