A defesa de Daniel Alves apresentou nesta segunda-feira, 30, um recurso ao 15º Tribunal de Instrução de Barcelona para tentar liberar o jogador da prisão, informou o jornal espanhol "El Periodico". Acusado de agredir e estuprar uma jovem de 23 anos, o experiente atleta está detido preventivamente desde 20 de janeiro, sob alegação de risco de fuga do país. De acordo com o extenso documento apresentado pelos advogados, no entanto, o lateral-direito se compromete a ficar na Espanha durante o processo judicial. Como garantia, o ala com longa passagem pela seleção brasileira cita sua residência na Catalunha, além do fato de possuir algumas empresas no país europeu. Outro argumento é o fato que o contrato com o Pumas (México) foi rescindido e, desta forma, o acusado não teria obrigação de retornar ao país norte-americano. A defesa ainda afirma que Daniel Alves está disposto a entregar seu passaporte espanhol, pagar uma fiança elevada ou comparecer frequentemente ao tribunal. Por fim, o baiano de 39 anos também aceitaria utilizar uma tornozeleira eletrônica.
O recurso, agora, será transferido para a Audiência de Barcelona, principal instância da Justiça local, que julgará se aceita ou não o pedido. A defesa da suposta vítima, por sua vez, terá cinco dias úteis para se manifestar. Segundo o jornal "El Mundo", fontes ligadas ao jogador acreditam que Daniel Alves estará livre da prisão em até um mês. O atleta com passagens por Sevilla, Barcelona, Juventus, PSG e São Paulo alegou, em seu depoimento inicial, que não conhecia a vítima. Depois, entretanto, o veterano mudou de versões e, por fim, reconheceu que teve relações sexuais com a jovem, mas de modo consensual. Segundo o advogado Cristóbal Martell, o ala não admitiu o contato com a mulher inicialmente para não revelar sua infidelidade – Dani Alves é casado com a modelo espanhola Joana Sainz desde 2017. A jovem de 23 anos, por sua vez, alega ter sido abusada e violentada pelo jogador em uma boate, no dia 30 de dezembro do ano passado, na Catalunha. Além do depoimento, ela conta com vídeos de câmeras de segurança do local e exames de corpo de delito para provar o crime – a mulher não busca ser indenizada.
Fonte: Jovem Pan