Gautam Adani, fundador da Adani Group, considerado o homem mais rico da Ásia, perdeu US$27,9 bilhões no mês de janeiro. O conglomerado indiano também foi afetado com uma perda de US$70 bilhões no valor das ações.
As perdas acontecem após a divulgação do relatório do Hindenburg, que acusa as empresas do conglomerado de manipular ações e realizar esquemas de fraudes contábeis durante anos.
De acordo com o Bloomberg Billionaries List, que ranqueia as pessoas mais ricas do mundo, Adani registrou o pico de sua fortuna em setembro de 2022, com cerca de US$150 bilhões. No final da última semana, o patrimônio líquido do empresário foi avaliado em US$92,7 bilhões. Com esses resultados, ele saiu da quinta para a sétima colocação do ranking.
A perda no valor das empresas, e consequentemente a redução do patrimônio do fundador, estão ligadas às acusações presentes no documento de 400 páginas do Hindenburg, que descrevem que as práticas realizadas pela Adani Group como "o maior golpe da história corporativa".
"Hoje revelamos as descobertas de nossa investigação de 2 anos, apresentando evidências de que o conglomerado indiano Adani Group, de INR 17,8 trilhões (US$ 218 bilhões), se envolveu em um esquema descarado de manipulação de ações e fraude contábil ao longo de décadas", diz o relatório.
O Adani Group se manifestou dizendo que as acusações são "infundadas e desacreditadas". De acordo com o comunicado, o conglomerado indiano considerou que as alegações feitas no documento foram um "ataque calculado à Índia, independência, integridade e qualidade das instituições indianas e história de crescimento e ambição da Índia".
Olhar Digital