A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) participou na noite desta segunda-feira, 30, de um jantar do Partido Liberal em prol da candidatura do senador eleito Rogério Marinho (PL-RN) para a presidência do Senado Federal. Marinho, que já foi deputado federal e ministro do Desenvolvimento Regional, é o candidato do PL, portanto do presidente da legenda, Valdemar Costa Neto e do ex-presidente Jair Bolsonaro – que continua em Orlando, na Flórida, Estado Unidos, desde o final de 2o22. O encontro ocorreu em um restaurante de luxo em Brasília e contou com a presença de vários senadores e deputados. Michelle teria ido ao encontro para representar o marido. Ela chegou por volta das 20h40 no jantar e conversou com as lideranças políticas. A ex-primeira-dama foi bastante questionada sobre a volta de Jair Bolsonaro para o Brasil, o que respondeu dizendo que ele estaria descansando, de férias.
Quando o Valdemar Costa Neto fazia um discurso, lembrando que nunca imaginou eleger tantos parlamentares, a maior bancada do Congresso Nacional, Michelle fez uma chamada de vídeo com o esposo e, na sequência, colocou o celular em modo viva voz, para que ele pudesse falar com seus apoiadores. No rápido discurso virtual de apenas quatro minutos, Bolsonaro reafirmou seu compromisso com a candidatura de Marinho e disse que vai continuar a construção política que iniciou em 2019, ao ser eleito para o chefiar o Executivo. Ele disse acreditar na vitória do PL para chefiar o Senado nesta quarta. Bolsonaro não falou sobre expectativas de sua volta ao Brasil.
Já Marinho fez um longo discurso para tentar convencer senadores que estavam presentes a votarem nele. Ele foi aplaudido ao dizer que "a democracia e sua essência só sobrevivem no diálogo". No todo, o discurso do senador eleito não fez afrontas a instituições democráticas, como o Supremo Tribunal Federal e nem aos seus ministros, mas, ainda assim, enfatizou uma "retomada". O que Marinho vem falando nos últimos dias é que, se for eleito, "o Senado vai voltar a funcionar". O PL acredita que há cinco senadores que ainda estão indecisos. A eleição para o comando do Senado tem como principal nome na disputa o atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que busca reeleição. Ele conta com o apoio da maioria dos partidos da casa, mas, em votação secreta, precisa obter maioria absoluta dos 81 senadores. Marinho é o segundo nome com maior concorrência. Além deles, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) também se lançou na disputa, mas não conta com o apoio nem do próprio partido. Caso nenhum deles consiga o mínimo de 41 votos necessários, uma nova eleição é prevista.
Fonte: Jovem Pan