Senadores e deputados tomam posse; Câmara e Senado elegem presidente

Na Casa Alta, Rodrigo Pacheco e Rogério Marinho disputam a presidência; Arthur Lira é o favorito entre os deputados

Por Trago Verdades em 01/02/2023 às 16:21:32

Antonio Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo

A Câmara dos Deputados e o Senado Federal deu posse nesta quarta-feira, 1, aos eleitos e reeleitos em outubro do ano passado. A posse dos deputados aconteceu na parte da manhã, quando os 513 parlamentares prestam o juramento, proferido simbolicamente pelo deputado federal Arthur Lira (PP-AL): "Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro e sustentar a união, a integridade e a independĂȘncia do Brasil". Os demais empossados, são chamados nominalmente, ratificaram a declaração, dizendo: "Assim o prometo". No Senado, 27 eleitos fizeram o juramento de compromisso com o cargo, proferido simbolicamente pelo senador Otto Alencar (PSD-BA). "Prometo guardar a Constituição Federal e as leis do paĂ­s, desempenhar fiel e lealmente o mandato de senador que o povo me conferiu e sustentar a união, a integridade e a independĂȘncia do Brasil", disse o parlamentar. Na sequĂȘncia, cada senador foi chamado nominalmente para confirmar o compromisso: "Assim o prometo", responderam.

No total, quatro senadores eleitos em 2022 e que assumiram cargos em ministérios do governo Lula participaram da sessão de posse. São eles: Camilo Santana (PT-CE), ministro da Educação; FlĂĄvio Dino (PSB-MA), ministro da Justiça e Segurança PĂșblica; Renan Filho (MDB-AL), ministro dos Transportes; e Wellington Dias (PT-PI), ministro do Desenvolvimento Social. Mais cedo, na Câmara dos Deputados, oito ministros do atual governo também foram empossados. Agora, a expectativa é as duas Casas Legislativas realizem as eleições para composição de suas respectivas Mesas Diretoras, quando serão escolhidos os presidentes, vice-presidentes, secretĂĄrios e suplentes. A Câmara tem como candidatos o atual presidente Arthur Lira (PP-AL), que disputa a reeleição, o deputado federal Chico Alencar (Psol-RJ) e o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS)

A disputa à presidĂȘncia do Senado tem como principais candidatos o atual presidente, Rodrigo Pacheco, que é apoiado pelo presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT) e partidos da base governista, e o senador Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do governo Bolsonaro e que recebe apoio dos senadores à direita. O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) também disputa o cargo. Na manhã desta quarta, durante participação na reabertura do ano judiciĂĄrio, Pacheco disse primar no Congresso pela "serenidade e pelo equilĂ­brio na condução dos trabalhos" e reafirmou a independĂȘncia entre os Poderes. "Acredito que o diĂĄlogo, o respeito e a moderação são as bases para enfrentarmos os enormes desafios do Brasil. Por isso, estamos aqui. Estamos do mesmo lado, o do povo brasileiro. Temos obrigação constitucional de convivermos em harmonia. Qualquer gesto que vise à desarmonia entre os poderes da RepĂșblica afronta a Constituição", afirmou.

Em entrevista à Jovem Pan News, o senador Rogério Marinho afirmou que sua eventual gestão quer restabelecer o que chama de "normalidade democrĂĄtica". Segundo ele, isso serĂĄ possĂ­vel apenas quando a independĂȘncia e harmonia entre os Poderes for alcançada. "Temos parlamentares que tĂȘm dificuldade em exercer mandato, alguns deles amordaçados pela censura prévia, o que é absolutamente reprovĂĄvel, porque é expressamente proibido pela nossa Constituição", disse à reportagem. Se eleito, Marinho promete trabalhar para reconectar o Congresso Nacional à sociedade brasileira. "Essa sintonia perdeu-se, de fato, porque apenas cinco senadores, dos 27 que disputaram a eleição, conseguiram renovar o seu mandato. Isso mostra cabalmente que a sociedade desconectou-se com o Senado e temos a necessidade de fazer novamente essa conexão", concluiu.

Fonte: Jovem Pan

Comunicar erro

ComentĂĄrios