Glória Maria marcou também a tecnologia: inaugurou 2 inovações na televisão brasileira

A jornalista que morreu nesta quinta-feira (2) inovou ao apresentar as primeiras reportagens em cores e em alta definição do Brasil

Por Trago Verdades em 02/02/2023 às 12:24:32

Reprodução/Globo

A jornalista Glória Maria morreu na manhã dessa quinta-feira (2), em decorrência de um câncer no cérebro. A profissional ficou conhecida por suas reportagens em mais de 100 países, coberturas marcantes e inovações na história da televisão brasileira. Mas, Glória Maria também acabou protagonizando momentos importantes em que algumas tecnologias chegaram pela primeira vez a lares brasileiros.

Em 1977, como repórter da Globo, foi responsável pela primeira transmissão de reportagem ao vivo e em cores para o Jornal Nacional. Na transmissão, a repórter informava sobre o trajeto de carros saindo do Rio de Janeiro em um final de semana.

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(Imagem: Rprodução/ Instagram)

Em entrevista ao Memória Globo, a jornalista lembrou da correria e improvisação antes de entrar ao vivo no telejornal. Na ocasião, Glória conta que a lâmpada queimou e precisou ficar de joelhos em frente ao farol da Veraneio, carro usado pela equipe de reportagem, para que conseguir iluminar seu rosto.

"Eu estava dura, rígida, porque não podia errar. Era a primeira entrada ao vivo. Faltavam cinco, dez minutos, era o técnico que ficava com o fone para me dar o "vai". Quando a lâmpada queimou, faltava um minuto para a entrada ao vivo. O jeito foi acender a luz da Veraneio"

Glória Maria em entrevista ao Memória Globo.

Outro marco de Glória Maria para a história da TV brasileira aconteceu em 2007, quando ela participou da primeira transmissão em HD. No dia 2 de dezembro daquele ano, a jornalista apresentou uma reportagem para o Fantástico sobre a festa do Pequi na aldeia dos índios Kamaiurás no Alto Xingu. A peça ficou marcada como a primeira a ser captada em transmitida pelo novo padrão digital que oferecia muito mais qualidade às imagens.

Qual era a tecnologia que nascia?

A partir daquele momento, o Brasil começou, aos poucos, a se acostumar com um novo formato de vídeo, o 16:9 (mais horizontal, parecido com o formato das telas de cinema). Até então, os televisores (quase todos a base de tubos catódicos) exibiam imagens num formato mais horizontal, o 4:3. A resolução das imagens também ganhava um upgrade importante: começávamos a sair de algo perto dos 476i (o "i" se refere a interlaced, ou entrelaçados em português), para os atuais 1080i ou 1080p (o "p" se refere a progressive, ou progressivo português). O "i" e o "p" têm a ver com o modo como os quadros que formam as imagens se sucedem nas telas das TVs, smartphones ou computadores.


Fonte: Olhar Digital

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