Em apenas dez dias (12 de fevereiro), será realizada mais uma edição do Super Bowl, a bilionária final do futebol americano, a NFL (principal liga do esporte nos EUA).
O evento sempre conta com grandes personalidades da música e muitas propagandas bilionárias, incluindo trailers, etc. O valor pago por anunciante é alvo de constante debate, mas a audiência atingida no evento em si, durante o show no intervalo da partida e com os intervalos comerciais é fato.
Um espaço de 30 segundos na Fox, por exemplo, sai por US$ 7 milhões na edição 2023, US$ 500 mil. Além desse espaço, há a produção e a contratação das celebridades para as peças de publicidade.
Fontes indicam que os custos de produção chegam a US$ 3 milhões, incluindo teasers e o anúncio que vai ao ar no intervalo. A contratação do artista faz a NFL desembolsar entre US$ 500 mil a até US$ 10 milhões. São 50 minutos para anúncios, que rendem à liga estadunidense US$ 1 bilhão.
Em entrevista à Fast Company Brasil, Gerard Caputo, diretor criativo da Wieden+Kennedy – empresa que está produzindo materiais para marcas, como FanDuel, Michelob Ultra e TurboTax.
Caputo está à frente da campanha da FanDuel e é seu sétimo comercial para o Super Bowl. Ele disse que o clima na agência está divertido e cheio de energia. Além disso, os spots e teasers estão prontos e perto de aprovação das empresas e emissoras. "É a principal época do ano para fazer anúncios e as pessoas estão animadas", disse.
O diretor de criação da Droga5, Scott Bell, disse que o fim desta semana será a "hora da verdade". "Estamos dando os toques finais", afirmou. "Os efeitos especiais, a trilha sonora, os pequenos detalhes são o que fará o comercial realmente se destacar. É incrível como fazem uma diferença tão grande. Além disso, as expectativas para o Super Bowl são enormes, por isso estamos garantindo que todos estejam satisfeitos."
O anúncio no Super Bowl é sempre importante para todos os lados. É o trabalho de destaque da agência, por exemplo. Caputo afirma haver pressão extra e liberdade ao mesmo tempo. "Os clientes – e todo mundo – simplesmente ficam mais abertos", contou.
"É o Super Bowl, e eles sabem que precisam apostar alto, então é quando você vê o melhor de todos. Muitas vezes, os clientes deixam de lado as preocupações que normalmente teriam em uma campanha normal e você ganha um pouco mais de liberdade. Essa é uma das coisas que torna a experiência de anunciar no Super Bowl única, porque todo mundo está realmente dando um passo além."
"Estamos trabalhando em nosso pacote gráfico, preparando os fogos de artifício e instalando cabos de fibra ótica no local", diz Caputo. "Chegaremos lá bem antes do jogo para garantir que tudo esteja funcionando. Não vamos ensaiar o chute, mas precisamos saber como vamos filmá-lo. Tudo tem que ser planejado já que é um evento ao vivo."
O sócio da divisão de endossos de celebridades da agência de talentos WME e supervisor das iniciativas do Super Bowl, Tim Curtis, diz que o público verá muitos músicos e algumas surpresas – a empresa tem 30 clientes em anúncios para o evento.
Ele conta que alguns clientes aguardam até bem perto do evento para ver quem está em alta, mas que a maioria grava os vídeos no fim do ano e realiza a pós-produção em janeiro.
"uando chega janeiro, eles ainda não fizeram nada, não têm ideia da direção que irão seguir, começam apenas a fazer isso na segunda ou terceira semana do ano. Então, é uma correria para filmar, editar e finalizar. É frustrante e emocionante ao mesmo tempo", disse.
Já para Caputo, a final deste ano será diferente, pois um de seus anpuncios será filmado ao vivo (sua agência criou três campanhas para a FanDuel com o ex-jogador Rob Gronkowski – ele tentará fazer um field goal, dando chance aos usuários da plataforma de apostas de dividirem prêmio de US$ 10 milhões). Nesta participação, Caputo estará mais próximo do que jamais esteve. "Nunca estive em um Super Bowl de verdade", destacou.
Fonte: Olhar Digital