A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta segunda-feira, 6, no Rio de Janeiro, que o Banco Central atualmente representa um entrave para o crescimento do Brasil ao fixar a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75%. Segundo ela, a demanda do país está enfraquecida e não pressiona a inflação brasileira. Para a presidente do PT, o BC deveria buscar outros meios para combater os preços altos no país. "O Banco Central não pode ser um entrave para o desenvolvimento do país. Neste momento está sendo, com uma taxa de juros de 13,75%, obviamente isso tem um impacto sobre a vontade do setor privado em investir. Quem é que vai ter coragem de investir com a taxa dessa? Então, deixa no sistema financeiro", afirmou Hoffmann. Pouco antes dessa declaração, o presidente Lula, presente, junto com Gleisi Hoffmann, na posse presidente do novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou que não há justificativa para a Selic estar em 13,75%.
"Como é que eu vou pedir para o Josué fazer com que os empresários ligados a Fiesp invistam se eles não conseguem tomar dinheiro emprestado? Quantos anos que a gente briga pela taxa de juros nesse país? Eu pensei: "bom, agora resolveu tudo, o Banco Central é independente, não vai ter mais problema de juro". Engano. O problema não é de banco independente ou ligado ao governo, o problema é que esse país tem uma cultura de viver com juros altos que não combina com a necessidade de crescimento que nós temos", disse Lula. Em 2022, o IPCA, inflação oficial do país, medida pelo IBGE, fechou em 5,79%, mais uma vez acima do teto fixado pelo governo.
Fonte: Jovem Pan