Nesta segunda-feira, 13, o programa Pânico recebeu o deputado federal Deltan Dallagnol, que rebateu crĂticas sobre a herança da Operação Lava Jato na polĂtica nacional e assegurou que as investigações visavam apenas combater o crime, não criminalizar a polĂtica. "Quando a Lava Jato começou a se expandir e atingir Aécio Neves, Temer, existiu toda uma reação do sistema polĂtico. Foi frente àquilo que eles tinham cogitado em 2016, de estancar a sangria, de brecar a Lava Jato", analisou. "A Lava Jato nunca foi antipolĂtica, apesar de que possa ter gerado um sentimento antipolĂtico. Ela nunca quis pegar polĂticos, ela quis pegar criminosos, onde quer que eles estivessem. Pessoas que existissem fortes indicativos de corrupção. Em vĂĄrios momentos, a Lava Jato falou que a polĂtica era o Ășnico caminho, a democracia era o Ășnico caminho."
Questionado sobre os momentos mais difĂceis de sua vida pessoal e profissional nos Ășltimos anos, Dallagnol surpreendeu a bancada do Pânico com sua resposta. Além de ter citado a vitória dos parlamentares Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, o ex-juiz afirmou que o momento de sua posse na Câmara dos Deputados foi angustiante. "Era para ser um dia de alegria e de festa, mas para mim foi um dia muito difĂcil. Só não chorei porque não tinha lugar para chorar", revelou. O parlamentar paranaense também citou a data em que foi condenado a indenizar o presidente Lula. "Em um momento anterior, o dia que fui condenado pelo STJ para indenizar o Lula. Eu estava vendo alguém condenado em trĂȘs instâncias por corrupção sair impune, sem ter que devolver um centavo para a sociedade brasileira. Ao mesmo tempo, eu, que tinha trabalhado contra a corrupção, feito meu trabalho, cumprido meu dever, ia ter que tirar o dinheiro da minha famĂlia e dos meus filhos para entregar a ele. Passei o dia frustrado", concluiu.
Fonte: Jovem Pan