A terça-feira foi de novidades na CBF. Durante reunião do Conselho Técnico da Série A, a entidade reguladora do futebol brasileiro decidiu por uma pena esportiva para os clubes em casos de racismo. "A luta contra o racismo tem pressa. Medidas vêm sendo discutidas há séculos e nunca colocadas em prática. A CBF está fazendo a sua parte. Decidimos avançar ainda mais nas punições e podemos tirar até um ponto de um clube em uma das nossas competições" disse o Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Em texto publicado no Regulamento Geral de Competições (RGC) de 2023, é descrito que "considera-se de extrema gravidade a infração de cunho discriminatório praticada por dirigentes, representantes e profissionais dos Clubes, atletas, técnicos, membros de Comissão Técnica, torcedores e equipes de arbitragem em competições coordenadas pela CBF". Os casos serão enviados ao STJD, que julgará a perda de pontos ao clube infrator.
"A discriminação racial é crime e nosso trabalho é jogar luz sobre o tema. A gente espera que realmente possa ter o apoio também de todos os clubes, de todos os torcedores, de todos os segmento da sociedade, de todos da imprensa, para que isso não fique apenas de uma forma decorativa", explicou Ednaldo, que é o primeiro homem negro a comandar a CBF em mais de 100 anos. "Além das sanções esportivas, todo e qualquer ato de racismo ou qualquer discriminação, a súmula da partida também será encaminhada para o Ministério Público e à Polícia Civil para que o processo não morra apenas na esfera esportiva. E que os infratores também sejam punidos pela lei", completou. A nova regulamentação já estará valendo para a Copa do Brasil, que começa em 22 de fevereiro.
Fonte: Jovem Pan