O Ministério PĂșblico Federal não vĂȘ o crime de racismo em fala do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a apoiador negro em maio de 2022. Na ocasião, em conversa com eleitores perto do PalĂĄcio da Alvorada, ele perguntou a Mauro Sergio de Oliveira, o Serjão (PTB), presidente da Câmara de Vereadores de Holambra, em São Paulo, que é negro, quantos arrobas ele pesada. O vereador chegou a dizer não ter se sentido ofendido e até a publicar uma foto com Bolsonaro. Ainda assim, para a oposição, o caso caracterizava racismo. A denĂșncia contra ele foi feita no ano passado por parlamentares do Partido dos Trabalhadores Gleisi Hoffmann e Paulo Pimenta. A Justiça decidiu arquivar o processo seguindo parecer da Procuradoria-geral da RepĂșblica. Para o MPF, hĂĄ ausĂȘncia de densidade para denĂșncia Bolsonaro pelo crime de racismo.
Em 2018, Bolsonaro jĂĄ havia sido denunciado por crime de racismo pela PGR após ter dito uma frase semelhante. Em setembro de 2018, a denĂșncia da época também foi rejeitada por 3 votos a 2 pela primeira turma do Supremo Tribunal Federal.
Jair Bolsonaro recentemente anunciou que seu advogado particular, Marcelo Bessa, ligado ao PL, vai assumir os processos que correm contra ele neste momento, Apesar disso, ele tem prerrogativa para poder continuar com defesa da PGR. Ao todo, são pelo menos 28 processos contra o ex-presidente, que vão desde multas sanitĂĄrias, por participa de eventos pĂșblicos sem usar mĂĄscara durante a pandemia da Covid-19 até a suposta incitação de vandalismo no dia 8 de janeiro em BrasĂlia.
Fonte: Jovem Pan