Nesta sexta-feira, 24, o programa Pânico recebeu o deputado federal Mario Frias (PL-SP). Na entrevista, ele comentou sobre os novos rumos da direita e rebateu a polĂȘmica ao redor de uma substituição da liderança de Jair Bolsonaro. "VocĂȘ não forma um lĂder de uma hora para a outra, vocĂȘ tem o presidente Bolsonaro hĂĄ 30 anos no Congresso, como brasileiro foi o melhor governo que a gente jĂĄ viu. Social, econômico e cultural. Não adianta misturar a expectativa que as pessoas tĂȘm de passar um novo lĂder", afirmou. "Estamos passando um momento difĂcil, voltamos a ser oposição. É preciso que as pessoa tenham um pouco de calma. Não adianta o cachorro latir, se não tem como morder. VocĂȘ tem um presidente que é um ex-condenado. Quem diria que ele estaria na PresidĂȘncia? Eu não diria. Para dizer que falta uma liderança, onde vocĂȘ esta achando seus lĂderes? Na cabeceira? VocĂȘ vai trabalhar conquistando confiança. Muito diferente do que as pessoas falam, ele [Bolsonaro] não é autoritĂĄrio. Ele agrega, ensina, deixa vocĂȘ ter o seu espaço", acrescentou.
Ex-secretĂĄrio de Cultura, Frias criticou Margareth Menezes, ministra responsĂĄvel pela pasta no governo Lula. "Eu vi a atual ministra da cultura falando que vai destravar os projetos, vão aprovar R$ 10 bilhões. Não sou contra, quero saber que equipe que vocĂȘ tem lĂĄ com orçamento da cultura, como vocĂȘ vai cuidar do devido processo legal?", questionou. "Eu vejo um tom de revanchismo. Não consigo entender, entra no comportamento ético do individuo. VocĂȘ sabe o que é certo e errado, se vocĂȘ perde essa margem, jĂĄ rodou. É trĂĄgico. As bigtechs tĂȘm o mesmo interesse de um programa de televisão, querem audiĂȘncia, querem fazer sucesso. Todas essas pautas culturais convergem para o interesse comercial, isso é muito perigoso. Daqui a pouco, vocĂȘ não tem mais a alternativa de assistir algo que diz respeito sobre vocĂȘ, vocĂȘ só tem a agenda", opinou sobre Lula e redes sociais.
Recentemente eleito como deputado federal, o ex-ator afirmou que é possĂvel tirar o momento na oposição como um aprendizado. "O momento não é bom para nós, mas é também [uma oportunidade para que possamos] entender qual é nossa função dentro do processo polĂtico. Não adianta achar que vai ganhar tudo", resumiu. "Uma narrativa da imprensa quer muito falar que o partido [o PL, de Valdemar Costa Neto] estĂĄ desunido, que a direita não é unida. Eu não vejo isso, a leva de deputados eleita usando o nome do Jair é uma leva muito melhor que a anterior. É exatamente isso o que eles querem. Eu garanto que isso [racha no partido] não existe. O polĂtico entende que sem o partido ele fica enfraquecido. Não podemos entrar nesse bafo que querem colocar. Isso é o mundo real, não é o mundo de fantasias", concluiu.
Fonte: Jovem Pan