Noel Le Graet, o presidente da Federação Francesa de Futebol (FFF), anunciou nesta terça-feira, 28, que renunciou ao cargo. A decisão acontece após uma série de escândalos, principalmente, pelas acusações de abuso sexual que tornaram insustentável sua permanência na entidade. A definição do dirigente, que estava no comando da entidade há 11 anos, já havia sido antecipada pela imprensa local e foi oficializada durante reunião do Comitê Executivo da entidade, realizada em Paris. Agora, o vice-presidente Philippe Diallo, que estava no comando da federação desde 11 de janeiro, seguirá interinamente na função. Le Graet, de 81 anos, tinha sido afastado do cargo devido as fortes pressões que existiam contra ele. O estopim foi uma entrevista à uma emissora de rádio em que disse que não atenderia um telefonema do treinador Zinédine Zidane.
No último dia 30, veio à tona um relatório encomendado pelo Ministério dos Esportes da França sobre a administração da FFF, em que constam denúncias da existência de "um ambiente sexista e violento", entre outras. A conclusão dos autores do documento é que Le Graet já não tinha "a legitimidade necessária para administrar e representar o futebol francês". Thierry Marembert, advogado do agora ex-presidente da Federação Francesa defendeu o cliente e afirmou que "o relatório é nulo". Além disso, ele acusou a ministra dos Esportes, Amélie Oudéa-Castéra, de manipular os investigadores do caso.
Fonte: Jovem Pan