O Ministério Público (MP) sugeriu a rescisão do contrato do governo de São Paulo com a Via Mobilidade, empresa responsável pela operação dos trens nas linhas 8 e 9 da capital paulista. Entretanto, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 28, rejeitou a interferência do MP e defendeu a manutenção do contrato a despeito do posicionamento contrário da promotoria: "A aposta que eu estou fazendo é naquilo que vai trazer a maior quantidade de investimento, no menor prazo possível e que vai trazer a maior repercussão para o usuário em pouco tempo. Qual seria a solução? Voltar para a CPTM? Voltar para a administração pública? É essa solução que o Ministério Público está propondo? Quantas empresas de mobilidade existem no mundo capaz de operar essa via. Eu estou enxergando o que é melhor para o meu usuário, para o meu cidadão. É essa a preocupação que eu tenho e eu vou perseguir o que é melhor o tempo todo".
"O governador do Estado sou eu, o Executivo está aqui. No dia que você permitir que o Ministério Público governe o Estado para você, você está morto", declarou Tarcísio. O governador foi questionado sobre este primeiro ano de concessão da Via Mobilidade, que teve muitos problemas e transtornos aos passageiros, e se poderia haver a rescisão do contrato: "O que a gente está vendo é investimento paulatinamente sendo realizado. Está havendo troca de subestação, está havendo troca de sistema de alimentação, vamos ter subestação nova, vamos ter troca de via permanente, troca de trilho, trilho novo. Estamos vendo carro novo chegando, tem outros carros que estão sendo fabricados na fábrica da Alstom em Taubaté. Então eu não tenho por que não acreditar que a prestação de serviço vai melhorar, é isso que nós vamos perseguir. Eles sabem exatamente que, se não melhorar, eles vão sair. Nós não vamos admitir e não vamos tolerar uma prestação de serviço ruim".
Nesta terça, a Via Mobilidade apresentou ao governador o primeiro novo trem que passará a rodar nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda. Ao todo, serão adquiridos 36 veículos para os ramais. A empresa afirma que investiu R$ 1 bilhão no primeiro ano de concessão com contrato de 30 anos. A concessão prevê um aporte de R$ 3,8 bilhões nos três primeiros anos de operação. As suas linhas operam com 42 estações e transportam diariamente cerca de 1 milhão de pessoas.
Jovem Pan