O Brasil já é o sexto maior mercado de criptomoedas, com 7% da população com ativos. Mesmo assim, o país ainda está longe do líder, Estados Unidos, com 46 milhões (13% da população) de pessoas adeptas. A adesão da nova economia crece no país, mas distante da grande maioria dos brasileiros e com desconfiança fundamentadas de investidores também após a falência de gigantes em 2022, como a norte-americana FTX. O ex-presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que define os ativos virtuais e pune as fraudes em dezembro de 2022. Os decretos regulamentadores ainda são aguardados. O presidente da Comissão de Valores Mobiliários,João Pedro Nascimento, defende maior transparência às criptomoedas. "É muito importante que qualquer oportunidade de investimento que venha a ser ofertada ao público geral seja realizada em uma linguagem acessível e compreensível que atinja, de fato, o público geral. O foco é na transparência, na adequada prestação de informações para que o destinatário possa formar seu juízo de mérito, valor e realizar o investimento", diz Nascimento.
O Brasil tem um tamanho continental e são realidades muito diferentes em cada Estado, sem contar que muitas pessoas ainda não têm acesso a internet, cobertura da redes ou até smartphones. Mas o Brasil possui um dos mercados financeiros mais sofisticados do mundo. O Banco Central garante que no primeiro ano do Pix, 40 milhões de brasileiros fizeram sua primeira transação digital. O diretor-executivo de inovação da Febraban, Leandro Vilain, relata que o Brasil deverá experimentar profundas mudanças nos meios digitais em benefícios às pessoas físicas e às empresas, nas transações no Brasil e no exterior, com maior agilidade e redução sensível de custo. "Até 2018, 40% das transações no Brasil eram feitas com dinheiro em espécie. Quando passa a ser 2 milhões de transações de Pix, tudo indica que esse Pix rivalizou com o dinheiro em espécie. isso traz mais inclusão financeira, mais segurança", disse Vilain. O diretor do Banco Central, Fábio Araújo, reforça que o Brasil precisa acompanhar o desenvolvimento de novas tecnologias. "A inovação não pode ser barrada. O que temos que fazer é absorver essa inovação para que ela possa ser bem utilizada pela sociedade", disse Araújo. As declarações foram feitas durante o encontro de lideranças empresariais do grupo Lide, em São Paulo
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
Fonte: Jovem Pan