Com o mercado externo passando por um momento conturbado por conta da crise do sistema bancário, o Ibovespa sentiu o impacto e fechou a quarta-feira, 15, em queda de 0,25%, aos 102.675,45 pontos. Durante o dia, o índice chegou ao patamar de 100 mil pontos. O fechamento do dia foi o pior nível registrado desde 1º de agosto e a quinta perda diária. Empresas que trabalham com commodities foram as mais impactadas. Petrobras e Vale chegaram a uma desvalorização de 4% durante o dia, mas fecharam com baixa de 2,44% e 3,01%, respectivamente. Com o mercado financeiro se movimentando para garantir a força do dólar, a moeda norte-americana manteve alta, subindo 0,7% e sendo cotado a R$ 5,2944 reais na venda. Este é o maior valor de fechamento desde 5 de janeiro, quando chegou a R$ 5,3523. Durante o dia, o dólar chegou a alcançar R$ 5,3295. Na semana, a moeda acumula alta de 1,65% frente ao real. Na bolsa de valores brasileira, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,69%, chegando a R$ 5,3085.
O desempenho negativo do Ibovespa e a escalada do dólar foram resultados de uma postura de aversão a risco dos investidores após o acionista de um dos maiores bancos europeus, o Credit Suisse, se negar a elevar sua participação no banco por questões regulatórias. Em meio à falência dos bancos norte-americanos, a notícia foi mal recebida pelo mercado financeiro com analistas demonstrando preocupações que uma crise financeira similar à de 2008 se repita. As ações do banco suíço derreteram mais de 20% na bolsa europeia. O Credit Suisse tem apresentado riscos de liquidez em suas operações. Entre outubro e dezembro do ano passado, foram retirados cerca de US$ 118 bilhões dos cofres da empresa, por conta de escândalos que mancharam a credibilidade do banco. De acordo com relatórios internacionais, a liquidez do banco atualmente varia em patamar próximo e abaixo de níveis estabelecidos por reguladores.
Movimento reflete preocupação do mercado com crise no sistema bancário similar à de 2008.
Fonte: Jovem Pan