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PT e PCC

Moro vê cunho político em plano do crime organizado e fala em CPI para apurar atuação de facções

O senador prometeu reagir à ameaça do PCC e cobrou apoio do governo Lula em projeto que endurece leis contra criminosos


FREDERICO BRASIL/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO

O senador Sergio Moro (União-PR) defendeu um esforço suprapartidĂĄrio contra o crime organizado e falou sobre a abertura de uma CPI para apurar a atuação de facções criminosas. Em entrevista ao Os Pingos nos Is, da Jovem Pan News, nesta quarta-feira, 22, o parlamentar disse que o paĂ­s precisa da união dos partidos para derrotar o crime organizado e que o governo precisa investir na segurança pĂșblica e em inteligĂȘncia. "O que nós precisamos fazer é combater o crime organizado. […] Nunca ouvi falar de um plano do crime organizado no Brasil para matar um senador. Isso é muito grave, não porque me envolve, mas por alcançar esse grau de ousadia. Precisamos de um esforço suprapartidĂĄrio para vencer esse desafio. Como se faz isso? Investindo em inteligĂȘncia, em combate, na polĂ­cia, na segurança pĂșblica e aprimorando a legislação", disse Moro, que completou: "O que eu gostaria realmente é de ter o apoio do governo federal, do PT, nesse projeto que estou apresentando hoje para proteger não só os agentes da lei, mas também a população".

"O Brasil não pode ser vencido pelo crime. Esse tem que ser o nosso lema nĂșmero um. Quando uma organização criminosa como PCC se sente a vontade para fazer esse tipo de planejamento, ele quer mandar um recado polĂ­tico muito claro: "Não se metam com a gente, porque a gente revida". Precisamos de uma resposta polĂ­tica firme e rigorosa. Lamento esses episódios, trouxe muito desgaste emocional para mim, mas temos que reagir como Estado. É de se avaliar sim, se, de repente, não seria oportuno uma comissão parlamentar para se apurar mais profundamente, para base dessas organizações criminosas e para ajudar o governo no combate a essa criminalidade", disse o senador. Ainda de acordo com Moro, os planos contra autoridades pĂșblicas tĂȘm cunho polĂ­tico de intimidar o Estado. "Tem um cunho polĂ­tico, de certa maneira, nesse planejamento. Porque ele é simbólico. São atos de intimidação do Estado. Não falo de polĂ­tico partidĂĄrio, mas sim cunho polĂ­tico da organização criminosa", concluiu.

A fala de Moro acontece após a PolĂ­cia Federal deflagrar a Operação Sequaz, que desarticulou um plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) de assassinar autoridades e polĂ­ticos, dentre eles o senador, um promotor de Justiça e outros servidores. A ação do grupo criminoso tinha como foco uma retaliação nacional e a intimidação das autoridades, informou o ministro a Justiça e Segurança PĂșblica, FlĂĄvio Dino. "Obviamente, uma ação em relação ao conjunto de autoridades. Ou seja, uma ação que tem um corte terrorista, no sentido de intimidar", mencionou. Com relação ao caso de Moro, o fato determinante para a operação da PolĂ­cia Federal foi a existĂȘncia de "atos para montagens de estruturas para perpetração de crimes no ParanĂĄ". "Compartimentos falsos, paredes falsas. Eles poderiam ser para armazenar armamento, drogas ou guardar pessoas", explica o ministro da Justiça.

O senador protocolou na Casa Alta o Projeto de Lei 1.307/2023, que busca ampliar a proteção dos agentes pĂșblicos e punir a conspiração contra indivĂ­duos em funções pĂșblicas, envolvidos em ações de combate ao crime organizado. Em outras palavras, a proposta requer a criminalização "das condutas de solicitação para obstrução de ações e de conspiração", com penas de 4 a 12 anos de reclusão, e recolhimento provisório dos detidos como medida de prevenção. "E ainda determinado o inĂ­cio do cumprimento das penas em presĂ­dio federal de segurança mĂĄxima para inibir qualquer continuidade do projeto delitivo", completa. O projeto também propõe garantir a proteção de ocupantes de cargos pĂșblicos aposentados. "Não é justo que juĂ­zes, promotores ou policiais que enfrentam riscos de violĂȘncia em decorrĂȘncia do exercĂ­cio de sua função sejam condenados a enfrentar a sua sorte sozinhos após a aposentadoria", conclui.

Jovem Pan

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