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crime organizado

Juíza manda soltar mulher que participou de plano de facção criminosa de assassinar Moro

Magistrada levou em consideração o fato de Aline de Lima Paixão ter trĂȘs filhos pequenos, citando, inclusive, uma decisão do Supremo Tribunal Federal de 2018 no mesmo sentido


Reprodução Redes Sociais

A juĂ­za Gabriela Hardt, da 13ÂȘ Vara, mandou soltar a esposa de um dos chefes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), grupo que articulou o atentado ao senador Sergio Moro (União-PR) e outras autoridades pĂșblicas. Na decisão, a magistrada levou em conta o fato de que Aline de Lima Paixão tem trĂȘs filhos pequenos. A juĂ­za, inclusive, citou uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2018 em que, em um habeas corpus coletivo, determinou a substituição da prisão preventiva por uma medida cautelar em casos excepcionais para mães e outras possibilidades. Na soltura de Aline Paixão, Hardt impôs condições para a adoção da medida cautelar. Aline passa a ser monitorada por tornozeleira eletrônica, fica proibida de ter contato com outros investigados, além de testemunhas, e deve comparecer em todos os atos do processo. Ao determinar a prisão preventiva de Aline na Ășltima terça-feira, 21, a juĂ­za argumentou que não restavam dĂșvidas da relação amorosa entre Aline e Janeferson Aparecido Mariano Gomes, um dos lĂ­deres da facção criminosa.

O plano desmantelado do PCC, envolvendo ameaças a Moro, tem desdobramento polĂ­tico. O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da PresidĂȘncia da RepĂșblica, Paulo Pimenta, usou as redes sociais nesta sexta-feira, 24, para criticar a decisão da Justiça do ParanĂĄ, que também retirou o sigilo das investigações do caso. Pimenta escreveu: "Gabriela Hardt acaba expondo as investigações e, consequentemente, atrapalhando-as, jĂĄ que as apurações seguem em curso e tratam de um tema sensĂ­vel, que é o das organizações criminosas. Seu objetivo foi ajudar a PolĂ­cia Federal?".

O questionamento causou repercussão imediata. Também nas redes sociais, a deputada federal Rosângela Moro (União-SP) questionou: "Agora o governo resolveu atacar a JuĂ­za que, corajosamente, ordenou a prisão dos bandidos do PCC? Misoginia?". Na sequĂȘncia, o senador Sergio Moro foi além nos questionamentos, dizendo que "além da misoginia, o ministro da Propaganda do PT (sic) mente, pois o sigilo sobre a investigação só foi levantado após o delegado do caso ter concordado por escrito com a medida. Zero prejuĂ­zo às investigações, pois os bandidos, após as prisões, jĂĄ haviam tido acesso aos autos. TerĂĄ o Ministro a decĂȘncia de se desculpar?", escreveu Moro. Em nota, a Justiça Federal do ParanĂĄ afirmou que a retirada do sigilo do processo foi um pedido feito pela PolĂ­cia Federal, mas que, por cautela, a juĂ­za Gabriela Hardt entendeu que seria melhor manter o sigilo de nĂșmero um, por segurança dos investigados e das vĂ­timas, autorizando somente a divulgação das representações policiais e das decisões que autorizaram as prisões e as buscas, bem como termo de audiĂȘncia de custódia. A PF pediu a derrubada do sigilo por causa da conclusão das diligĂȘncias e da necessidade, segundo a corporação, da ampla defesa dos investigados.


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