MP pede a cassação do ministro lulista Renan Filho e do governador de Alagoas

Ambos usaram R$ 200 milhões para distribuição de cestas básicas no período eleitoral

Por Trago Verdades em 30/03/2023 às 08:57:15

Renan Filho e Paulo Dantas | Foto: Divulgação

O Ministério PĂșblico Eleitoral em Alagoas pediu a cassação do diploma de senador de Renan Filho, hoje titular do Ministério dos Transportes no governo Lula.

De acordo com o documento enviado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Alagoas, na quarta-feira 29, Renan foi beneficiado pelo uso indevido da mĂĄquina pĂșblica nas eleições de 2022 por intermédio do programa do governo estadual Pacto Contra a Fome, de distribuição de cestas bĂĄsicas.

A Procuradoria afirma que a prĂĄtica constitui abuso de poder polĂ­tico e econômico e pede, além da cassação do diploma de senador, a inelegibilidade e a aplicação de multa.

A Procuradoria defendeu igualmente a cassação de diploma do governador Paulo Dantas e do vice, Ronaldo Lessa, além da inelegibilidade e a aplicação de multa.


A denĂșncia

O ministro dos Transportes foi governador por dois mandatos e deixou o Executivo local no ano passado para disputar o Senado. Dantas assumiu o cargo e se reelegeu.

Renan "foi beneficiĂĄrio direto das condutas, tendo com elas anuĂ­do, participando ativamente da divulgação do programa assistencial de cestas bĂĄsicas em ano eleitoral e utilizando-o como plataforma de campanha", afirma trecho do pedido.

O programa Pacto Contra a Fome, segundo os autos da ação, foi criado em junho passado tendo como objetivo a distribuição de cestas bĂĄsicas para pessoas em situação de vulnerabilidade social, com previsão de entrega de 110 mil unidades por mĂȘs.

"Fatores como, a data em que foi lançado, a reiterada menção ao programa em entrevistas, reportagens, programas eleitorais e redes sociais e a vultuosidade dos recursos envolvidos sem justificativa plausĂ­vel, conferem ao Pacto contra a Fome uma finalidade eminentemente eleitoreira", afirmou o procurador regional eleitoral Antonio Henrique de Amorim Cadete.

Segundo ele, não hĂĄ como negar o impacto nas urnas gerado "pelo anĂșncio de um programa de distribuição gratuita de bens, da magnitude que se apresentou o intitulado Pacto contra a Fome, o qual envolveu quase R$ 200 milhões de reais".

Fonte: Revista Oeste

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