O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) protocolou um requerimento na Procuradoria Geral da RepĂșblica (PGR) contra o ministro da Justiça e da Segurança PĂșblica, FlĂĄvio Dino, por crime de responsabilidade e ato de improbidade administrativa no episódio de 8 de janeiro, quando as sedes dos TrĂȘs Poderes foram invadidas e depredadas. No documento, o parlamentar alega que o ministro do governo Lula "deixou de apresentar providĂȘncias para impedir os ataques, uma vez que foi informado com antecedĂȘncia sobre o ato realizado por cidadãos insatisfeitos com o resultado das eleições". "Os ofĂcios comprovam que o ministro mentiu e, por isso, peço que o Procurador Geral da RepĂșblica apresente denĂșncia ao Supremo Tribunal Federal", diz o deputado no requerimento, apoiado pelos deputados federais Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), Evair Vieira de Melo (PP-ES), Marcel van Hattem (Novo-RS), Gilson Marques (Novo-SC), Adriana Ventura (Novo-SP), Luiz Lima (PL-RJ), Mauricio Marcon (Podemos-RS) e Junio Amaral (PL-MG).
A Jovem Pan jĂĄ havia antecipado a denĂșncia por crime de responsabilidade contra FlĂĄvio Dino. Em entrevista ao programa Morning Show, da Jovem Pan News, nesta quarta-feira, 29, Kim Kataguiri citou como prova de que FlĂĄvio Dino teria sido avisado antecipadamente sobre as movimentações em BrasĂlia o ofĂcio encaminhado pelo diretor-geral da PolĂcia Federal (PF), Andrei Passos, um dia antes dos ataques. No documento, Andrei informa que havia "grande quantidade de manifestantes que, dentre outras ações, teriam a intenção de tomar o poder". O parlamentar também destacou um segundo ofĂcio, enviado por Dino ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, em que o ministro menciona o documento recebido pela PF. "Não hĂĄ como dizer que ele não recebeu. Eu disponibilizei a Ăntegra justamente porque nesse tipo de documento, na parte de trĂĄs, tem um QR Code que vocĂȘ verifica a veracidade do documento no sistema SEI. É um sistema que integra vĂĄrios órgãos, vocĂȘ é direcionado para o site em que o documento estĂĄ oficialmente, vocĂȘ atesta a veracidade do documento".
Fonte: Jovem Pan