Lira fala em "ajustes" e espera aprovar arcabouço fiscal até o fim de abril

De acordo com presidente da Casa, alterações são remetentes a isenções, desonerações e incentivos fiscais para evitar uma alta de impostos

Por Trago Verdades em 30/03/2023 às 22:57:23

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) afirmou nesta quinta-feira, 30, que o novo arcabouço fiscal deverĂĄ passar por ajustes para se adequar às novas regras. Para o parlamentar, as alterações são remetentes a isenções, desonerações e incentivos fiscais para evitar uma alta de impostos pelo governo. "É um bom começo. Faz parte daquilo que jĂĄ estĂĄvamos tratando. Tivemos alguns detalhes, do que se pretende fazer, as metas, os efeitos. Lógico que o arcabouço vai ser uma diretriz mais flexĂ­vel do que é o teto hoje", comentou. Lira também acredita que o governo irĂĄ propor as alterações nessas modificações tributĂĄrias. "O x vai ser as nossas negociações para ver que projetos e que votações nós vamos ter que fazer após para ajustar o arcabouço", disse. "Como, por exemplo, na tese que o governo defende de não aumentar impostos e fazer com que quem hoje não paga impostos, passe a pagar. O que nos remete a isenções, desonerações, subvenções, incentivos fiscais", acrescentou. Lira espera aprovar a nova proposta da regra fiscal até o fim de abril. Nesta quinta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, anunciaram detalhes do arcabouço fiscal. Segundo Haddad, não serão criados novos impostos nem os jĂĄ existentes terão aumento. "Se por carga tributĂĄria se entende criação de novos tributos ou aumento de alĂ­quota dos tributos existentes, a resposta é: não estĂĄ no nosso horizonte. Não estamos pensando em CPMF, em acabar com o Simples, não em reonerar a folha de pagamentos", disse. O foco do governo, destaca o ministro, serĂĄ tributar os "setores mais abastados". De acordo com o Ministério da Fazenda, o novo arcabouço fiscal traz de volta a população mais pobre para o orçamento pĂșblico, foca na recuperação do orçamento de polĂ­ticas pĂșblicas essenciais e abrirĂĄ mais espaço para investimento pĂșblico. Além disso, a previsão da pasta é que as medidas gerem menos inflação, mais estĂ­mulo ao investimento privado, menos juros na dĂ­vida pĂșblica, leve à atração de investimentos internacionais, recuperação do grau de investimento, mais previsibilidade e estabilidade nas contas pĂșblicas e recuperação do grau de investimento.

Fonte: Jovem Pan

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