Sem discurso, Lula participa de primeira promoção de oficiais-militares de seu governo

Evento foi realizado no Palácio do Planalto como gesto simbólico de aproximação

Por Trago Verdades em 05/04/2023 às 12:37:21

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT) recebeu nesta terça-feira, 4, oficiais-generais recém-promovidos das Forças Armadas, que acabaram de chegar à camada mais alta da hierarquia militar. A cerimônia aconteceu no PalĂĄcio do Planalto. O evento, que nos Ășltimos anos foi realizado em clubes militares, foi transferido pelo próprio Lula, como gesto simbólico de aproximação. A apresentação dos novos oficiais recém-promovidos pelo governo federal também contou com a presença do ministro da Defesa, José MĂșcio; do comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen; do comandante do Exército, TomĂĄs Ribeiro Paiva; e do comandante da AeronĂĄutica, Marcelo Kanitz Damasceno. Ao todo, 56 oficiais foram promovidos. Esta foi o sétima encontro entre Lula e representantes da cĂșpula militar.

O movimento de relacionamento com as Forças Armadas e o novo governo vem se intensificando desde o inĂ­cio de março por iniciativa do ministro da Defesa, José MĂșcio. HĂĄ, inclusive, uma possibilidade de um almoço entre o presidente e os novos comandantes nesta quarta-feira, 5. O governo Lula almeja a despolitização do meio militar. Com aval dos comandantes das trĂȘs forças, MĂșcio defende a proposta de lei que obriga todo o militar da ativa que deseje disputar cargo eletivo ou assumir função pĂșblica a migrar para a reserva. Uma norma interna baixada no fim de março deu um prazo de 90 dias a militares da ativa para se desfiliarem de partidos polĂ­ticos. O segmento militar é visto como base eleitoral do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). E, no Congresso Nacional, parlamentares da base aliada pretendem delimitar a atividade militar, até mesmo com mudança na Constituição Federal. O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) trabalha por apoio para alterar o artigo 142 da Constituição e deixar claro que os militares não exercem poder moderador em caso de crise polĂ­tica no paĂ­s.

Fonte: Jovem Pan

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