Abel Ferreira está mais perto de se tornar o treinador mais vitorioso da história do Palmeiras. Com o título do Campeonato Paulista 2023, conquistado neste domingo, 9, diante do Água Santa, o português chegou ao seu oitavo troféu à frente do clube. Agora, o lusitano deixa o uruguaio Ventura Cambon para trás, iguala Vanderlei Luxemburgo e fica atrás apenas de Oswaldo Brandão. Contratado pela diretoria palmeirense em outubro de 2020, o comandante tem no currículo duas taças da Libertadores da América (2020 e 2021) e outras duas do Estadual (2021 e 2023), além de Brasileirão (2022), Copa do Brasil (2020), Recopa Sul-Americana (2022) e Supercopa do Brasil (2023).
Além dos títulos, Abel conquistou a torcida do Palmeiras com sua postura enérgica dentro e fora do campo. Na área técnica, não é raro vê-lo inflamado, discutindo com os árbitros. Quando sai do campo, dialoga com a torcida, incentiva a criação de músicas de arquibancada e cria bordões incorporados pela massa ("cabeça fria, coração quente"). A devoção rendeu a ele próprio uma canção feita pela Mancha Alviverde, principal organizada do Verdão: "Cabeça fria, coração quente, Abel Ferreira é palmeirense como a gente". O hit estreou no Allianz Parque em 19 de março, durante a vitória sobre o Ituano por 1 a 0, pelas quartas de final do Paulistão. "Sou um deles desde que cheguei, sou palmeirense desde que cheguei", agradeceu o treinador. "Mas sei que, aqui no Brasil, se você não ganha... O difícil é ganhar de forma consistente. Se nós pensarmos que o que está para trás vai nos garantir algo, estamos ferrados. Precisamos de mais, fazer melhor", avisou.
O vitorioso comandante português é admirado até por rivais, que creditam a ele o sucesso do Verdão de 2020 para cá. "Ninguém vai contratar o Abel", perguntam-se corintianos, são-paulinos e santistas. Vinculado ao Palestra até o fim do ano que vem, Abel Ferreira já foi especulado em outros times, como o Chelsea. Até o momento, no entanto, ele segue como o treinador para a sequência da temporada. Para desespero dos adversários.
Fonte: Jovem Pan