Sob gritos de "fujão", Dino abandona audiência na Câmara dos Deputados

Ministro da Justiça deverá voltar em outra data; parlamentares protagonizaram discussões e trocas de acusações

Por Trago Verdades em 11/04/2023 às 17:25:24

Foto: TOM COSTA/MJSP

O ministro da Justiça e Segurança PĂșblica, FlĂĄvio Dino (PSB-SP), deixou a audiĂȘncia na Comissão de Segurança PĂșblica e Combate ao Crime Organizado nesta terça-feira, 11, após diversas discussões generalizadas. Desde o inĂ­cio da sessão, o membro do governo Lula foi diversas vezes interrompido por atritos protagonizados pelos parlamentares, que trocavam acusações mĂștuas de agressão e ataques. Antes de deixar a sessão, na qual participava na condição de convidado – ou seja, não obrigatória – Dino afirmou que gostaria de continuar respondendo, mas foi novamente interrompido. "Vai voltar em outra data porque ninguém contribuiu", disse o deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-SP), presidente do colegiado, pouco antes de encerrar a sessão sob gritos de "fujão", direcionados ao ministro. Pouco antes do final da sessão, FlĂĄvio Dino explicava sobre a falsa relação entre o aumento de armas em circulação e os Ă­ndices de crimes.

Após o fim da sessão, em conversa com jornalistas, o ministro lamentou a situação. "Não é possĂ­vel que essas pessoas não saibam se comportar em um ambiente para um debate sério. Estive aqui, jĂĄ estive, voltarei. Claro, é preciso que o regimento seja observado. Não que não haja violĂȘncia, ameaça, não haja agressão, mas foi isso que vimos aqui o tempo todo, por parte de deputados da extrema-direita, que não querem debate, querem apenas lacrar para colocar nas redes sociais", disse Dino. "Voltarei quantas vezes for necessĂĄrio, desde que haja debate verdadeiro", completou. O ex-governador do Maranhão também afirmou que parte dos deputados se exaltam porque "são pessoas violentas". "Não é possĂ­vel que uma autoridade não consiga vir a uma comissão, como convidado, se estabeleça um clima de agressão generalizada por parte de extremistas que são os mesmos que alimentam ódio que resulta no 8 de janeiro, em chacinas", concluiu.

Fonte: Jovem Pan

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