Haddad cita "efeitos da queda da inflação" como argumentos para o BC a reduzir juros

Em Xangai, onde integra comitiva presidencial, ministro citou valorização do real frente ao dólar e inflação abaixo do esperado em março como sinais positivos para que Banco Central comece a diminuir a Selic

Por Trago Verdades em 13/04/2023 às 12:39:25

Ananda Migliano/Estadão Conteúdo

Em meio a divulgação de dados positivos da economia, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que o Banco Central possui uma "janela de oportunidade" para reduzir a taxa básica de juros. Durante viagem à China, acompanhando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro citou a inflação de março, abaixo do esperado, e a valorização do real frente ao dólar como indicativos positivos para que a autoridade monetária reduza a Selic. "Tudo está convergindo para aquilo que eu chamo de harmonizar o fiscal com o monetário. Tudo está convergindo nessa direção. Veja aí os efeitos da queda da inflação, o câmbio, o real mais valorizado, as variáveis se estabilizando, a curva de juros futuro caindo. Enfim, há sinais evidentes", afirmou nesta quinta-feira, 13.

"Quero crer que o Banco Central tem uma janela de oportunidade que eu espero que seja aproveitada para que o Brasil possa pensar em crescimento econômico sustentável", complementou para jornalistas. O ministro ainda pontuou que a alta dos juros tem travado o mercado de capitais, que aguarda medidas da autoridade monetária. "Sem sombra de dúvida a taxa de juros inviabiliza muitos investimentos", observou. Haddad evitou tecer críticas diretas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mas afirmou que não espera uma saída antecipada do cargo, apenas a baixa dos juros. As declarações do ministro vem duas semanas antes da nova reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decidirá sobre os rumos da Selic, entre 2 e 3 de maio.

Fonte: Jovem Pan

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