Governo sente a pressão e recua, enquanto bate cabeça sobre taxação de produtos importados

Ministro da Fazenda contradiz secretário da Receita Federal

Por Trago Verdades em 13/04/2023 às 18:12:41

Montagem fotos: NELSON ALMEIDA / AFP e Igo Estrela/Getty Images

O governo federal recuou e disse que não pretende fazer mudanças na taxação sobre produtos importados por por e-commerce. De acordo com Fernando Haddad, ministro da Fazenda, a intenção do governo é evitar o "contrabando". A fala contradiz a declaração feita por Robinson Barreirinhas, secretário da Receita Federal, na última terça-feira, 11.

Durante uma entrevista ao portal Uol, Barreirinhas disse que a receita federal iria acabar com a isenção da taxação sobre as encomendas de produtos importados com valor de até US$ 50. A medida poderia encarecer as compras feitas em sites estrangeiros, como Shein, Shopee e AliExpress. Contudo, nesta quinta-feira, 13, o ministro da Fazenda negou que governo federal pretenda mudar a tributação sobre e-commerces estrangeiros.

"Eu tenho visto muita confusão e desinformação", disse Haddad em entrevista à GloboNews. Tem empresas brasileiras que atuam no Brasil, tanto com lojas abertas, quanto com comércio virtual. Tem empresas estrangeiras que têm sede no Brasil, e tem portais estrangeiros que vendem no Brasil. E tudo é absolutamente legal, ninguém está pensando em aumentar imposto. Nada disso."

Segundo o político, o governo pretende fazer o combate ao "contrabando" de mercadoria", declarou. "O que se está reclamando, por parte de algumas empresas, é que está havendo uma concorrência desleal por parte de alguns sites, não de todos. Isso está sendo investigado e pode ser coibido."

Atualmente, as encomendas abaixo de US$ 50 estão livre das tributação, desde que a transação se dê entre pessoas físicas e não de empresa para consumidor. Esse mecanismo, entretanto, é usado por alguns lojistas fora do país para fugir dos impostos.

Em entrevista ao site O Antagonista, Gabriel Galípolo, secretário do Ministério da Fazenda, afirmou que a sonegação por meio do mecanismo supera R$ 50 bilhões.

Fonte: Revista Oeste

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