O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou madrugada desta terça-feira, 18, o julgamento de 100 envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Na ocasião, vândalos depredaram as sedes do STF, o Congresso e o PalĂĄcio do Planalto, em BrasĂlia. Agrediram policiais militares, seguranças dos prédios e deixaram um rastro de destruição. A votação sobre o recebimento das denĂșncias feitas pela Procuradoria-Geral da RepĂșblica (PGR) contra os acusados começou à meia-noite e vai até as 23h59 da próxima segunda-feira, dia 24. Na modalidade virtual, os ministros depositam os votos de forma eletrônica e não hĂĄ deliberação presencial. Nos votos que estão entrando no sistema, Alexandre de Moraes aceita as denĂșncias afirmando que a liberdade de manifestação é garantida, mas atos com objetivo de pregar violĂȘncia e desrespeito à democracia são "criminosos e inconstitucionais". "Não existirĂĄ um Estado DemocrĂĄtico de Direito sem que haja Poderes de Estado, independentes e harmônicos entre si, bem como previsão de direitos fundamentais e instrumentos que possibilitem a fiscalização e a perpetuidade desses requisitos", afirmou o ministro.
Com a divulgação do voto de Moraes, que é relator das denĂșncias, os demais dez ministros da Corte também podem começar a votar. Se a maioria aceitar a denĂșncia, os acusados passarão a responder a uma ação penal e se tornam réus no processo. Em seguida, o ministro deverĂĄ analisar a manutenção da prisão dos acusados que permanecem detidos. Conforme levantamento dos presos, dos 1,4 mil pessoas que foram detidas no dia dos ataques, 294 (86 mulheres e 208 homens) permanecem no sistema penitenciĂĄrio do Distrito Federal. Os demais foram soltos por não representarem mais riscos à sociedade e às investigações.
Fonte: Jovem Pan