Imagens vazadas do circuito interno do PalĂĄcio do Planalto em 8 de janeiro colocam o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, no centro das discussões nesta quarta-feira, 19, sobre os atos de janeiro e a suposta atuação do militar durante a invasão dos prédios do TrĂȘs Poderes. Como a Jovem Pan mostrou, parlamentares que integram a oposição do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional usam as imagens para endossar os pedidos de instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro e questionar o que o Executivo – que colocou as imagens em sigilo – estaria tentando esconder. "As portas foram abertas. Os invasores foram cumprimentados e receberam ĂĄgua. É mais que omissão, é cumplicidade", disse o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP).
Lula confirmou a escolha de Marco Edson Gonçalves Dias, general da reserva do Exército Brasileiro, para o cargo de ministro-chefe do GSI em 29 de dezembro de 2022, quando anunciou a Ășltima leva de membros do primeiro escalão do governo. "A primeira pessoa que queria chamar é o Gonçalves Dias, que foi chefe da minha segurança por 8 anos e serĂĄ agora ministro do GSI", afirmou o mandatĂĄrio. De fato, o general atual na segurança pessoal do petista durante seus dois primeiros mandatos, de 2003 a 2009, como SecretĂĄrio de Segurança da PresidĂȘncia da RepĂșblica. Na sequĂȘncia, na gestão de Dilma Rousseff (PT), ele foi chefe da Coordenadoria de Segurança Institucional e, em 2012, quando atuava na 6ÂȘ Região Militar, se envolveu em uma polĂȘmica ao receber policiais grevista da Bahia, sendo filmando recendo um bolo de aniversĂĄrio deles. Após o episódio, foi afastado do comando e enviado à reserva. Em 2022, Gonçalves Dias voltou a atuar na segurança de Lula durante a campanha eleitoral.
Fonte: Jovem Pan