No Congresso Nacional, parlamentares da oposição ao governo Lula querem a prisão do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias. A deputada federal Carla Zambelli diz que um pedido de prisão será protocolado formalmente na Procuradoria-geral da República (PGR): "O Anderson Torres sequer estava aqui, e o crime que a gente está apontando é o mesmo crime que o próprio Alexandre de Moraes prendeu o Anderson Torres. Só que a diferença é que esse ex-ministro estava aqui, no meio da confusão, no meio da manifestação, conversou com manifestantes, participou, provavelmente, inclusive, enviado pelo presidente Lula, já que eles já sabiam, através da Abin, desde o dia anterior que haveria essa manifestação. E o Anderson Torres estava fora do país". Desde janeiro diversos pedidos embasados na lei de acesso à informação foram negados. O governo alega que o GSI impôs o sigilo de cinco anos sobre as imagens. De acordo com o deputado Lindbergh Farias (PT-PB), nem mesmo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve acesso às câmeras. "Lula pediu as gravações, ele queria ver. E a gente via o ministro do GSI dizendo que não existiam as gravações. É isso que tem que ser investigado, ele estava querendo esconder o que? A omissão? É uma alternativa. A colaboração? É outra alternativa. Mas o fato é que foi tudo muito estranho, e o presidente teve a confiança que ele tinha no ministro quebrado. Em reação às imagens, o deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) apresentou um projeto de lei que propõe anistia aos manifestantes que não participaram do vandalismo nas sedes dos Três Poderes. A ideia tem sido acolhida pelo governo e poderia ser usada como moeda de troca para não instalação da CPMI do 8 de Janeiro.
Fonte: Jovem Pan