O governador Rodrigo Garcia negou a existĂȘncia de "padrinhos polĂticos" para a disputa à reeleição em São Paulo. Durante sabatina no Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta quarta-feira, 17, ele minimizou as intenções de uma aliança BolsoRodrigo, com aproximação ao presidente Jair Bolsonaro (PL), embora admita também ter o Partido dos Trabalhadores (PT) como principal oponente nas pesquisas eleitorais. "Não podemos "fulanizar" determinadas pautas. São pautas que eu defendo hĂĄ muito tempo na minha vida. Eu fiquei 27 anos filiado ao Democratas, estou hĂĄ mais de um ano ao PSDB. Não mudei de lado na polĂtica. Sempre estive em São Paulo contrapondo as polĂticas do Partido dos Trabalhadores. E continuo fazendo isso aqui, tendo o PT como a minha oposição. Eu não mudei as minhas convicções, aquilo que eu acredito e defendo. Eu continuo com coerĂȘncia, com uma história de serviços prestados, que estĂĄ aĂ para a população avaliar", afirmou. Em São Paulo, o PSDB apoia a candidatura de Simone Tebet (MDB) à presidĂȘncia, com a senadora Mara Gabrilli (PSDB) como candidatura à vice-presidĂȘncia. Apesar do apoio declarado, Garcia afirma que sua chapa tem partidos que apoiam outros candidatos, inclusive à reeleição de Bolsonaro. "Essa coligação ampla mostra que os partidos estão preocupados com São Paulo", exaltou, rebatendo a polarização.
Garcia também minimizou as relações e influĂȘncias do ex-governador João Doria (PSDB), que deixou o PalĂĄcio dos Bandeirantes em abril para concorrer à presidĂȘncia, mas desistiu da candidatura em razão da falta de apoio no partido e da alta rejeição. O governador mencionou pontos positivos da gestão tucana anterior, como o Museu do Ipiranga e o Rio Pinheiros, e chegou a falar em "bom mandato" de Doria como governador e prefeito de São Paulo, mas afirmou afirma não estar satisfeito com o Estado. "Eu não tenho padrinho polĂtico. [?] Reconheço as conquistas. Estou aqui para garantir que, nas minhas mãos, São Paulo não ande para trĂĄs, porque eu conheço o Estado, a mĂĄquina pĂșblica e sei dos seus desafios e, naturalmente, das suas potencialidades. Então, vou discutir e defender essa história que São Paulo tem e, principalmente, olhar para o futuro, com 48 anos de idade, para continuar São Paulo avançando", disse. Em outro momento da sabatina, ao ser questionado se concordava com as medidas de o isolamento social adotadas durante a pandemia e fechamento do comércio, Garcia afirmou que João Doria é muito criticado, mas que o ex-governador foi o responsĂĄvel por trazer vacinas ao paĂs. "Não precisa mais [de quarentena]. Tem a vacina. E a vacina salvou o Brasil e salvou o mundo. E quem trouxe a vacina pra São Paulo foi o João muitas vezes criticam. Quem trouxe a vacina pro Brasil foi São Paulo", afirmou, defendendo o tucano.
Na sabatina na Jovem Pan, Rodrigo Garcia também falou sobre segurança pĂșblica e exaltou a polĂcia militar, disse não ter "nenhum problema" com a reeleição, descartou a possibilidade de impugnação da candidatura de Geninho Zuliani, candidato a vice-governador em sua chapa e afirmou que não estĂĄ concorrendo ao PalĂĄcio dos Bandeirantes para defender o legado do PSDB, mas sim para atuar por São Paulo. "Todo dia nós temos problemas para resolver, e eu não vou ficar discutindo carteira ideológica, se vou resolver pela direita ou pela esquerda, eu vou procurar a solução do problema. Não estou aqui para defender o PSDB. Estou aqui para defender uma história dedicada a São Paulo, para os acertos do PSDB nesses Ășltimos anos", sinalizou. De acordo com pesquisa Ipec (antigo Ibope) divulgada na Ășltima segunda-feira, o atual governador soma 9% dos votos em São Paulo, contra 12% de TarcĂsio e 34% de Haddad, ocupando a terceira posição no Estado.
Fonte: Jovem Pan