O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, não será ouvido nesta segunda-feira, 24, na sede da Polícia Federal (PF) em Brasília. Seus advogados apresentaram recurso pedindo que o depoimento fosse adiado. O depoimento do ex-ministro estava previsto para acontecer nesta segunda e foi marcado após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi confirmada pelo repórter Bruno Pinheiro, da Jovem Pan News. Um dos motivos seria o estado de saúde emocional de Torres, que avançou durante o período em que o ex-ministro e ex-secretário ficou preso. A condição foi comprovada por um laudo médico que está em sigilo de Justiça. O laudo diz que Torres não tem condições de ir a um depoimento, mesmo que seja remoto. O ex-ministro está há 100 dias no 4º Batalhão da Polícia Militar, em uma espécie de alojamento onde está sozinho, sem receber visitas, com exceção de seus advogados. O depoimento estava marcado para as 14h na sede da PF e Torres seria escoltado até lá. Essa oitiva de Torres não seria sobre os atos de 8 de janeiro, mas sim sobre o segundo turno das eleições 2022, mais espeificamente sobre operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o pleito. No pedido de adiamento, a defesa de Torres diz que, após ter o pedido de revogação da prisão preventiva negado, "o estado emocional e cognitivo do requerente, que já era periclitante, sofreu uma drástica piora". "Nesse cenário, a psiquiatra da Secretaria de Saúde do DF que o atende atestou, em 22/04/2023, a impossibilidade de Anderson Torres "comparecer a qualquer audiência no momento por questões médicas (ajuste medicamentoso), durante 1 semana'", conclui a defesa no documento.
Fonte: Jovem Pan