Arthur Lira confirma votação do PL da Censura na Câmara nesta semana

O PL2630 sob pretexto de combater notícias falsas, vai amordaçar usuários de internet

Por Trago Verdades em 25/04/2023 às 12:22:20

Pablo Valadares / Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), confirmou nesta terça-feira, 25, a inclusão do projeto de combate às notĂ­cias falsas, o PL 2630/20, mais conhecido como PL das Fake News, na pauta de votações do plenĂĄrio para esta semana. A previsão é que seja aprovado o requerimento de urgĂȘncia para a matéria até a quarta, 26, e em seguida o projeto seja colocado em votação. Antes disso, no entanto, o relator da proposta, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), vai apresentar o texto aos lĂ­deres partidĂĄrios, em reunião na residĂȘncia oficial da PresidĂȘncia da Câmara. "HĂĄ uma narrativa falsa, de grandes plataformas, de que a população terĂĄ intervenção na sua internet. Pelo contrĂĄrio, o que estamos prezando é garantir, na formalidade da lei, os direitos para que uma rede funcione para o que ela deve, e não para situações como, por exemplo, essa questão das escolas", disse Lira. "HĂĄ de se ter um limite para isso, garantido a todos a sua liberdade de expressão, e cada um arca com as consequĂȘncias do que fala nas redes", ponderou o polĂ­tico alagoano.

Ainda que seja defendido pelo presidente da Câmara, o PL das Fake News é alvo de muitas crĂ­ticas, especialmente de membros da oposição, que alegam riscos à liberdade de expressão e uso das normas de forma arbitrĂĄria ou autoritĂĄria. Na prĂĄtica, a proposta tem como ponto principal tornar obrigatória a moderação de conteĂșdos na internet, sendo "identificadas, excluĂ­das ou sinalizadas" postagens e contas com conteĂșdo considerado criminoso. Para que isso seja efetivo, as plataformas terão que analisar os conteĂșdos considerados ilegais, obedecer a regras de transparĂȘncia e se submeter a auditoria externa. As big techs também deverão impedir o acesso de crianças às redes sociais e vetar a coleta de dados para perfis comportamentais e os aplicativos de mensagens terão que limitar a distribuição massiva de mensagens.

Fonte: Jovem Pan

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