TCM de São Paulo alerta Prefeitura por risco de calote em precatórios e alterações no Plano de Metas

Alertas são instrumentos legais usados pelo tribunal para que o Executivo preste esclarecimentos sobre processos em andamento e observe normas legais, compromissos e decisões anteriores

Por Trago Verdades em 27/04/2023 às 08:39:24

Divulgação/TCM-SP

O Tribunal de Contas do MunicĂ­pio de São Paulo (TCM-SP) emitiu alertas para a Prefeitura sobre dois temas: a alteração do Plano de Metas entre 2021 e 2024 e a previsão de não pagamento dos precatórios até o fim de 2029. Os alertas são instrumentos legais usados pelo TCM-SP para que o Executivo Municipal preste esclarecimentos sobre processos em andamento e observe normas legais, compromissos e decisões anteriores na continuidade de seus atos em cada caso em questão. A respeito do Plano de Metas, o presidente e conselheiro do TCM-SP, Eduardo Tuma, apontou que as mudanças feitas pela administração municipal representam mais de 55% das ações e eliminou justificativas técnicas para, entre outras modificações, retirar o compromisso de implementar obras na cidade: "Em pelo menos oito metas originais, a nova formatação prevĂȘ alteração de indicadores ou diminuição de escopo que consistem na redução de oferta ou impacto de serviços e iniciativa que visem o bem-estar social".

Os conselheiros concordaram em questionar a Prefeitura de São Paulo a respeito da necessidade de melhor explicação das alterações promovidas, especialmente considerando que o plano diretor estratégico do municĂ­pio, que serve de base para as metas, ainda estĂĄ em fase de audiĂȘncias pĂșblicas na sua tramitação na Câmara dos Vereadores. Quanto ao pagamento de precatórios por parte da Prefeitura, os conselheiros concluĂ­ram que o caixa atual para o pagamento apresenta inconformidades. Na prĂĄtica, a equipe de auditoria sustenta que o compromisso da Prefeitura de aplicar 3,6% da receita corrente lĂ­quida não é suficiente para que a dĂ­vida total de precatórios seja quitada até 2029, como prevĂȘ a Prefeitura.

"Relativamente a 2021, o saldo da conta judicial relativo aos precatórios com acordos diretos manteve-se elevado, em R$ 1,5 bilhão. E jĂĄ deveria ter sido utilizado para o pagamento dos acordos jĂĄ firmados (…) Quanto ao exercĂ­cio de 2022, ao se analisar a movimentação contĂĄbil no perĂ­odo, verificou-se que houve um aumento de R$ 1 bilhão no saldo da dĂ­vida total de precatórios, principalmente em razão da inscrição de novos precatórios", afirmou MaurĂ­cio Faria, conselheiro do TCM-SP.

Fonte: Jovem Pan

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