A Câmara dos Deputados adiou nesta terça-feira, 2, a votação do mérito do Projeto da Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e TransparĂȘncia na Internet (PL 2630/2020), mais conhecido como PL das Fake News. O pedido acontece após pedido apresentado pelo relator da matéria, deputado federal Orlando Silva (PCdoB-PT), e ocorre em meios às tentativas fracassadas de acordo para consolidação de maioria para aprovação do texto. Inicialmente, a expectativa era que o mérito da matéria fosse votado em plenĂĄrio, nesta terça. No entanto, Orlando Silva pediu a retirada da matéria da pauta para mudanças no texto, decisão aceita pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), em acordo com lideranças partidĂĄrias. "Mesmo após todos esses encontros ouvindo todas as bancadas, nós não tivemos, e assumo como minha responsabilidade de relator, tempo Ăștil para examinar todas as sugestões. Gostaria de fazer apelo, que consultando os lĂderes, retirar da pauta de hoje para consolidar a incorporação de todas as sugestões feitas, de modo a ter uma posição que unifique o plenĂĄrio da Câmara", defendeu Orlando Silva.
O pedido do relator foi apoiado pelas lideranças da Casa. André Fufuca (PP-MA), lĂder do Progressistas, defendeu o adiamento, citando que o relator recebeu cerca de 90 emendas para a matéria, o que justificaria o pedido de maior prazo e adiamento. LĂder do Novo, a deputada Adriana Ventura (Novo-SP), defendeu que as emendas sejam discutidas em uma comissão especial. "Somos favorĂĄveis a votarmos hoje e no limite criarmos uma comissão especial para debater como se deve este projeto e essas 90 emendas. O tema é complexo, é polĂȘmico, e o plenĂĄrio não estĂĄ maduro para votar. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), lĂder da minoria, também defendeu a votação nesta terça. Em caso contrĂĄrio, ele pediu que seja retirada do requerimento de urgĂȘncia e estabelecida nova data para apreciação. LĂder da oposição na Casa, o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) também pediu a manutenção da votação. No entanto, Arthur Lira aceitou o pedido do relator Orlando Silva e encaminhou pelo adiamento.
Fonte: Jovem Pan