A Justiça americana concluiu nesta quinta-feira, 4, que o cantor Ed Sheeran não plagiou a canção Let"s Get It On, que fez sucesso na voz de Marvin Gaye em 1973, ao compor o hit Thinking Out Loud, de 2014. O caso foi julgado em um tribunal de Manhattan, nos Estados Unidos. O artista britânico se levantou e abraçou seus advogados quando o júri determinou que ele havia criado sua música "independentemente". O cantor de sucessos como Shape of You e Perfect disse que está "feliz" por ter vencido as acusações envolvendo direitos autorais que definiu como "sem base". Os herdeiros de Ed Townsend, coautor do hit de Gaye, entraram com a ação civil alegando "semelhanças surpreendentes e evidentes elementos comuns" entre as duas canções e buscavam uma indenização de US$ 100 milhões.
Esse foi o mais recente de uma série de casos sobre direitos autorais que deixaram a indústria da música apreensiva e muitos compositores paranoicos sobre seus próprios processos criativos e sua vulnerabilidade a ações judiciais. Sheeran, de 32 anos, testemunhou por dias visando provar ao júri que a progressão de acordes 1-3-4-5 é um elemento básico da música pop e que não pertence a ninguém. A equipe jurídica do cantor argumentou que Gaye e Townsend não foram os primeiros a compor uma música com esses acordes, citando várias músicas de Van Morrison que usam essa sequência e foram lançadas antes de 1973. Conforme divulgado pela imprensa internacional, o artista chegou a declarar que desistiria da música caso fosse condenado: "Acho realmente um insulto dedicar toda a minha vida a ser um artista e compositor e ter alguém diminuindo isso".
Jovem Pan