As escolas municipais de Goiânia agora estão revistando as mochilas dos alunos com detectores de metal. A medida de segurança passou a ser aplicada na terça-feira 2.
Com investimento de R$ 370 mil, a prefeitura de Goiânia comprou 900 detectores de metal e distribuiu às 376 escolas municipais, que possuem quase 110 mil alunos. A prefeitura determinou a instalação imediata da medida.
Desde o dia 18 de abril, os estudantes do 5º ao 9º ano estavam impedidos de entrar nas escolas com mochilas. Com os detectores de metal, os alunos puderam voltar a frequentar as instituições de ensino com suas bolsas.
A medida de segurança, no entanto, não foi bem recebida por todos. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Goiás (Sintego), Bia de Lima, disse que o uso dos detectores de metais para revistar as mochilas dos alunos é desnecessário.
"É algo bizarro e descabido, porque é perda de tempo pegar crianças pequenas para passar detector de metais no que elas carregam", disse a presidente do Sintego à Folha de S. Paulo.
Já o secretário de educação da Secretaria Municipal de Ensino (SMS) de Goiânia, Wellington Bessa, disse à TV Anhanguera que a prefeitura tem desenvolvido um trabalho pedagógico com as crianças para que elas não se sintam intimidadas com a nova medida de segurança.
"É essencial que todos estejam empenhados, porque não adianta tomarmos todas as medidas necessárias para resguardar a segurança das crianças dentro da escola, se fora da escola a criança não tem essa segurança", disse Bessa.
A prefeitura de Goiânia também pretende instalar câmeras de monitoramento, cercas de arame farpado e portas de acionamento automático nas escolas, segundo informou o site R7.
As instituições de ensino também têm recebido palestras de 46 guardas, enquanto cães farejadores tentam identificar possíveis drogas, armas e munições, conforme o comandante da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia, Wellington Paranhos, declarou à Folha de S. Paulo. Segundo ele, a equipe se divide em duplas e visita as escolas diariamente.
Fonte: Revista Oeste