Centenas de torcedores do Corinthians foram ao centro de treinamento do clube, no Parque Ecológico do Tietê (zona leste de São Paulo), e protestaram contra o grupo político Renovação e Transparência, que comanda o clube desde 2007, o elenco e até o preparador físico Flávio de Oliveira. O mau preparo físico dos atletas seria uma das razões para a crise do time, que caiu prematuramente no Paulistão, está praticamente fora das oitavas de final da Libertadores e se encontra na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro após três rodadas. "Ô, ô, ô, ou joga por amor, ou joga por terror, filho da p***", foi um dos vários gritos dos alvinegros presentes no protesto. Faixas e cartazes foram levados, a maioria questionando a "diretoria omissa" e "o elenco vagabundo". Chamado de "morto" pelos corintianos que frequentam a Neo Química Arena, Luan foi um dos mais cobrados. Chamou a atenção na manifestação um caixão com um torcedor que representava o ex-Rei da América. O rapaz levava consigo cigarro e bebidas alcoólicas, referência à fama de baladeiro do meia-atacante.
A situação só se acalmou quando o técnico Vanderlei Luxemburgo resolveu sair do centro de treinamento para encontrar os torcedores. Luxa foi bem recebido, bateu um papo com os líderes das organizadas — o protesto foi convocado por Gaviões da Fiel, Camisa 12, Pavilhão 9, Estopim, Fiel Macabra e Coringão Chopp — e pediu um prazo de dez jogos para mostrar resultado. Até lá, não haverá novas manifestações. "O encontro com Luxemburgo serviu para reforçar o nosso apoio ao seu trabalho. A torcida exige do elenco comprometimento e dedicação em campo. O novo treinador do Corinthians tem história no clube, e a torcida voltará ao CT caso não seja mostrada essa vontade dos jogadores dentro de campo. Estamos de olho", alertou a Gaviões em suas redes sociais. O Timão voltará a campo na segunda-feira, 8, contra o Fortaleza, em Itaquera, pelo Campeonato Brasileiro.
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Fonte: Jovem Pan