Telegram afirma que democracia está sob ataque com PL2630

Aplicativo de mensagens falou em "morte da internet moderna"

Por Trago Verdades em 09/05/2023 às 16:54:42

A censura é uma tentativa de suprimir opiniões, informações e expressões | Foto: montagem

O Telegram Brasil publicou um artigo nesta terça-feira, 9, com crĂ­ticas ao Projeto de Lei (PL) 2630, conhecido como PL da Censura. No texto, a empresa lista uma série de argumentos contra o que pode "matar a internet moderna". "Caso seja aprovado, empresas como o Telegram podem ter de deixar de prestar serviços no Brasil", advertiu o serviço.

Na semana passada, o projeto saiu da pauta da Câmara dos Deputados, por falta de votos e em virtude da pressão popular.

PL 2630: poderes de censura

Segundo o Telegram Brasil, o PL "concede poderes de censura ao governo". Isso porque a iniciativa permite ao Executivo limitar o que pode ou não ser dito on-line, ao forçar os aplicativos a removerem "proativamente fatos" ou opiniões que ele considera "inaceitĂĄveis" e suspenda qualquer serviço de internet — sem uma ordem judicial.

Orlando Silva Internet
Orlando Silva é relator do PL 2630 | Foto Lula Marques/ AgĂȘncia Brasil


Além disso, o aplicativo de mensagens "transfere poderes judiciais aos aplicativos". "Esse projeto de lei torna as plataformas digitais responsĂĄveis por decidir qual conteĂșdo é "ilegal", em vez dos tribunais — e fornece definições excessivamente amplas de conteĂșdo ilegal", observou o Telegram. "Para evitar multas, as plataformas escolherão remover quaisquer opiniões relacionadas a tópicos controversos, especialmente tópicos que não estão alinhados à visão de qualquer governo atualmente no poder, o que coloca a democracia diretamente em risco."

Cria um sistema de vigilância permanente

"O projeto de lei exige que as plataformas monitorem as comunicações e informem as autoridades policiais em caso de suspeita de que um crime tenha ocorrido ou possa ocorrer no futuro", constatou o Telegram, em outro trecho do artigo. "Isso cria um sistema de vigilância permanente, semelhante ao de paĂ­ses com regimes antidemocrĂĄticos."

Fonte: Revista Oeste

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