O Brasil deverá ter um choque de oferta de gás natural nos próximos quatro anos. A expectativa é que sejam ofertados 50 milhões de metros cúbicos a mais do que a atual oferta. A informação é de Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras. A diretoria foi criada recentemente pelo presidente da estatal, Jean Paul Prates. A maior parte da oferta de gás natural será colocada no mercado pela Petrobras, mas haverá uma parcela de empresas privadas, sendo a principal a Equinor, da Noruega. Nesta semana, a empresa anunciou investimento de US$ 9 bilhões nas atividades de petróleo e gás no Brasil. O total de investimentos para essa oferta adicional de gás natural deve chegar a US$ 11 bilhões. A oferta adicional equivale à metade do total consumido em momentos de alta demanda, que ocorrem quando há escassez de chuva e muita geração térmica para compensar. Segundo Tolmasquim, a oferta adicional virá de três origens: a Rota 3, que vai escoar o gás do pré-sal; o projeto BMC33, operado pela Equinor; e operações da própria Petrobras na bacia de Sergipe. Em 2023, a Petrobras já reduziu o preço da molécula de gás vendida às distribuidoras em 19%. O cálculo do valor leva em conta o câmbio e o valor do barril tipo brent do petróleo.
Jovem Pan