O Real Madrid informou que acionou a Procuradoria-Geral do Estado da Espanha para investigar os crimes de ódio e discriminação sofridos pelo brasileiro Vinícius Junior. "O Real Madrid CF manifesta a sua mais forte repulsa e condena os acontecimentos ocorridos ontem contra o nosso jogador Vinícius Junior. Esses fatos constituem um ataque direto ao modelo de convivência de nosso Estado social e democrático de direito", diz nota emitida pelo Real Madrid. O comunicado do clube foi divulgado nesta segunda-feira, 22, um dia após Vinícius acusar a torcida do Valência de chamá-lo de "macaco" e ser expulso após confusão com o goleiro Mamardashvilli. O jogo chegou a ficar paralisado por alguns minutos após a confusão. Depois a partida, o brasileiro usou suas redes sociais para se posicionar, dizendo que sua expulsão foi "um prêmio por sofrer racismo" e ironizando a postura da LaLiga. "Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é o normal na La Liga. A competição acha normal, a Federação também e os adversários incentivam. Lamento muito", escreveu o brasileiro.
"O Real Madrid CF manifesta a sua mais forte repulsa e condena os acontecimentos ocorridos ontem contra o nosso jogador Vinícius Junior.
Esses fatos constituem um ataque direto ao modelo de convivência de nosso Estado social e democrático de direito.
O Real Madrid considera que tais ataques também constituem um crime de ódio, razão pela qual apresentou a denúncia correspondente à Procuradoria-Geral do Estado, especificamente à Procuradoria contra crimes de ódio e discriminação, para que os fatos sejam investigados e apuradas as responsabilidades.
O artigo 124 da Constituição espanhola estabelece as funções do Ministério Público para promover a ação da justiça em defesa da legalidade e dos direitos dos cidadãos e do interesse público.
Por este motivo, e dada a gravidade dos factos ocorridos, o Real Madrid recorreu à Procuradoria Geral do Estado, sem prejuízo do seu carácter privado no processo que está a ser instaurado", disse o Real Madrid em nota oficial."
Fonte: Jovem Pan