Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Sargento Fahur (PSD-PR), apoiador declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro. Nesta semana, o ministro Luiz Fux pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre a ação movida pelo líder do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Marcola acredita que Fahur deve explicar algumas de suas declarações num podcast transmitido no YouTube. No programa, o parlamentar disse que, "em certo dia, visitou a Penitenciária Federal de Brasília [DF] e lhe fora supostamente confidenciado pelos agentes de segurança que Marcola toma remédios fortíssimos para não defecar sangue". O deputado acrescentou que esses problemas seriam fruto da inserção indevida de "baterias" no ânus do criminoso.
O que diz o líder do PCC?
A defesa quer saber se Fahur pode comprovar suas declarações e se o deputado consultou o prontuário médico do criminoso. Caso as respostas sejam afirmativas, os advogados pretendem cobrar "justa causa" de Fahur, porque o parlamentar divulgou fato "relativamente sigiloso", cuja obtenção deu-se em razão do cargo público.
Ainda de acordo com a defesa de Marcola, a ação judicial "não busca instigar eventual elemento subjetivo do tipo na conduta do requerido, tampouco produzir qualquer tipo de prova, mas, sim, entender a nebulosa situação por ele posta através de um podcast amplamente divulgado".
Oeste procurou Fahur, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.
Revista Oeste