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racismo

Polícia da Espanha prende sete suspeitos de cometerem ataques racistas contra Vinícius Jr.

Prisões são referentes aos cânticos racistas do último domingo e a boneco do jogador brasileiro que foi enforcado em ponte de Madri em janeiro


JOSE JORDAN/AFP

Sete pessoas foram presas pela polícia da Espanha por ataques racistas contra o jogador brasileiro Vinícius Júnior, do Real Madrid. As prisões aconteceram nesta terça-feira, 23, dois dias depois de o jogador ser vítima de insultos raciais durante partida contra o Valência pelo Campeonato Espanhol. Na ocasião, o brasileiro foi chamado de "macaco" por torcedores da equipe e acabou expulso de campo. Três dos detidos foram presos na cidade de Valência e estariam entre os responsáveis por ofender Vinícius Júnior durante a partida de domingo. "A polícia deteve três jovens em Valência por comportamentos racistas ocorridos no domingo passado no jogo entre Valencia CF e Real Madrid", informou a Polícia Nacional, que abriu uma investigação após os acontecimentos. Outras quatro pessoas foram presas na capital Madri por terem sido responsáveis por crime de ódio ao pendurarem um boneco com o uniforme do brasileiro pendurado em uma ponte da capital espanhola em janeiro, simulando o enforcamento do craque brasileiro. Segundo a polícia da Espanha, três dos quatro detidos são "membros ativos de um grupo radical de torcedores de um clube madrileno". O ato aconteceu após a vitória do Real Madrid por 3 a 1 contra o rival local, Atlético de Madrid, pela Copa do Rei. Ao lado do boneco, uma faixa dizia: "Madrid odeia o Real".

A investigação sobre o boneco foi baseada em depoimentos, que permitiram que as autoridades os responsáveis fossem "identificados durante partidas consideradas de alto risco dentro dos dispositivos de prevenção de violência no esporte, foram os supostos autores". O caso mais recente gerou muitas reações na Espanha e em outros países, especialmente após Vinícius usar as redes sociais para criticar a organização do Campeonato Espanhol. "Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é o normal na LaLiga. A competição acha normal, a Federação também e os adversários incentivam", escreveu o brasileiro. O presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiale, disse que é necessário que a Espanha reconheça que tem "um problema de comportamento, de educação, de racismo". O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, também se manifestou, pedindo "tolerância zero" com o racismo.

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