A Procuradoria-Geral da RepĂșblica (PGR) se manifestou pela rejeição de denĂșncias apresentadas contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) por falas supostamente "transfóbicas". O Ministério PĂșblico Federal se posicionou sobre o assunto nesta sexta-feira, 26.
De acordo com a vice-procuradora-geral da RepĂșblica, Lindôra AraĂșjo, a imunidade parlamentar deve ser respeitada, independentemente do que é dito. Dessa forma, ela pede para o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitar as cinco notĂcias-crimes apresentadas contra Ferreira em razão de sua fala na tribuna da Câmara dos Deputados no Dia Internacional da Mulher. Na ocasião, o parlamentar criticou a militância de "homens que se sentem mulheres".
"Em outras palavras, em decorrĂȘncia da imunidade parlamentar, as declarações proferidas pelo congressista — feitas no recinto parlamentar e relacionadas ao exercĂcio do cargo eletivo exercido pelo congressista — estão cobertas pela imunidade prevista no artigo 53, da Constituição Federal, qualificando-se como causa de exclusão constitucional da tipicidade penal", afirmou Lindôra em trecho da manifestação da PGR.
No entendimento da procuradora, somente a Câmara dos Deputados poderia, de alguma forma, punir o congressista mineiro pelas falas que foram consideradas como "transfóbicas" por alguns grupos. "Os excessos de linguagem porventura cometidos, na espécie, ainda que veiculadores de ofensas pessoais, embora dissonantes do espĂrito plural e democrĂĄtico que deveria animar as discussões na arena polĂtica, encontram-se subtraĂdos à responsabilidade cĂvel e criminal, podendo apenas, se for o caso, ser objeto de censura, sob o viés polĂtico, pela Casa Legislativa da qual o imputado faz parte", avaliou Lindôra, segundo informações do jornal O Globo.
Grupo pediu R$ 5 milhões a Nikolas Ferreira
Revista Oeste