O influenciador digital Felipe Neto perdeu uma nova batalha judicial. Processado por uma mulher que teve mensagem privada exposta, ele se tornou alvo do Poder Judiciário. Na semana passada, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) manteve a condenação anteriormente imposta.
Dessa forma, Neto terá que pagar indenização de R$ 5 mil. Em maio de 2020, o influenciador digital usou seus perfis nas redes sociais para expor uma mulher que tinha enviado mensagem de forma privada no Instagram. No caso, a mulher havia marcado posição contrária ao lockdown que estava sendo imposto em algumas cidades e alguns Estados do Brasil por causa da covid-19."Faço questão de divulgar", afirmou Neto na postagem em que expôs a mulher que foi contra ao lockdown. "Assim, as pessoas próximas vão saber que essa é uma pessoa que caga para a ciência e acha que tem que lotar o sistema de saúde e morrer milhares de pessoas SIM. Eu nunca vi tanta gente desumana na minha vida", prosseguiu o influencer, conforme lembra o site G1.
O produtor de conteúdo divulgou o perfil do Instagram da mulher e reproduziu o material que ela havia enviado para ele de forma privada. A mensagem era a seguinte: "Com toda a certeza tem que deixar tudo aberto, o que tiver que acontecer vai acontecer, não adianta prorrogar o inevitável."
Militante a favor do isolamento social no começo da pandemia de covid-19 no Brasil, Felipe Neto fez o que ele mesmo criticava. Em dezembro de 2020, enquanto defendia a imposição do lockdown por meio de postagens nas redes sociais, ele foi flagrado jogando bola com um grupo de amigos no Rio de Janeiro.
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Exposta pelo influenciador digital, a mulher afirmou que se tornou alvo de "linchamento virtual". Além disso, ela alega que precisou de ajuda psiquiátrica.
A decisão por parte do TJSC cabe recurso, mas, em nota, a equipe de comunicação de Felipe Neto afirmou que ele vai cumprir o que foi determinado, "mesmo discordando" da sentença. Além disso, sem mencionar que jogou bola com amigos no mesmo tempo em que pedia para seus seguidores ficarem em casa, ele voltou a defender a política do lockdown. "Com o distanciamento que três anos proporcionaram, hoje fica claro que a posição da autora era absurda e irresponsável", afirmou a equipe de Neto, que é chamado de comunicador pelo G1.
Fonte: Revista Oeste