O banco de investimento americano Goldman Sachs criticou nesta quinta-feira, 15, o relatório da agência de classificação de risco S&P que melhorou a perspectiva do rating do governo brasileiro, passando de estável para positiva.
Segundo o Goldman Sachs, a decisão do S&P foi inesperada, especialmente por causa da conjuntura econômica e política brasileira, que estaria piorando.
O banco americano lembrou como o novo arcabouço fiscal ainda não foi aprovado, e salientando como nos últimos meses houve uma "clara deterioração das políticas microeconômicas e do ambiente regulatório".
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou a decisão da S&P e disse "não ter dúvidas" que o Brasil vai retomar o grau de investimentos, o chamado "selo de bom pagador", que dá mais segurança aos investidores.
Entretanto, o Goldman Sachs escreveu que para recuperar o grau de investimento são necessárias "reformas decisivas e políticas macro, micro e regulatórias que apoiem o investimento, promovam o crescimento da produtividade (ou seja, elevem o atual modesto potencial de crescimento real do PIB) e estabilizem a dinâmica da dívida".
"Em nossa avaliação, excetuando a política monetária, o atual mix de políticas macro e micro e as perspectivas para reformas ainda estão significativamente aquém desse padrão", escreveu Alberto Ramos, chefe de análise econômica para a América Latina do Goldman Sachs.
No relatório, o banco americano elogiou apenas a política monetária brasileira, levada adiante pelo Banco Central do Brasil.
"Em nossa avaliação, excetuando a política monetária, o atual mix de políticas macro e micro e as perspectivas para reformas ainda estão significativamente aquém desse padrão", salientou o Goldman Sachs.
Fonte: Revista Oeste