LEDterapia pode ser "luz" no fim do túnel para Alzheimer, Parkinson e AVC

Por Trago Verdades em 19/08/2022 às 17:53:18

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O Parkinson, demĂȘncia e derrame são as doenças neurológicas mais comuns na população idosa, e também algumas das mais temidas. De acordo com um estudo publicado no periódico cientĂ­fico Journal of Neurology, Neurosurgery and Psychiatry, quase metade (48,2%) das mulheres acima dos 45 anos vai desenvolver demĂȘncia, Parkinson ou sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).

O alerta também serve para a população masculina: 36,2% dos homens na mesma faixa tendem a ser diagnosticados com alguma das trĂȘs doenças.

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Contudo, uma técnica apelidada de LEDterapia pode ser – quase que literalmente (por ser a base de luz) – a luz no fim do tĂșnel para essa fase da vida. O processo, chamado tecnicamente de fotobiomodulação, é baseado na aplicação de luz a um sistema biológico, sendo capaz de induzir um processo fotoquĂ­mico que pode aumentar o metabolismo celular e produzir efeitos como a regeneração de tecidos e cicatrização de feridas. O método jĂĄ é muito utilizado para tratar a queda ou melhorar a qualidade dos fios de cabelo.

Segundo o angiologista Dr. Álvaro Pereira, com o envelhecimento, as células trabalham mais lentamente, algumas literalmente "morrem" e o tecido cerebral, com seus emaranhados de neurônios que se comunicam entre si, começa a perder a conexão, gerando problemas de aprendizado, percepção, atenção, memória, imaginação e raciocĂ­nio.

A LEDterapia vem sendo estudada para diminuir o déficit cognitivo dos idosos, para atenuar depressões, distĂșrbios bipolares, transtornos de personalidade e melhorar habilidades motoras finas. Entre os distĂșrbios avaliados pelos pesquisadores estão a demĂȘncias senis (ou senil), Alzheimer, Parkinson, ou mera diminuição da cognição. Os estudos jĂĄ demonstram resultados promissores na atenção, no aprendizado, na memória, no humor, no sono, e na recuperação das sequelas do AVC.

Capacete usado em LEDterapia. Imagem: Divulgação

Atualmente, existem alguns capacetes que emitem a radiação especĂ­fica para estimular o tecido cerebral. Segundo o Dr. Pereira, estes artefatos estão sendo testados nos Estados Unidos em esportes que frequentemente causam lesões cerebrais como o futebol americano e o boxe.

"Para o tratamento dos idosos, estes capacetes objetivam melhorar a atenção, o aprendizado, a memória, o humor, o sono, a recuperação das sequelas do AVC, diminui o déficit cognitivo dos idosos, além de atenuar depressões, distĂșrbios bipolares, transtornos de personalidade e habilidades motoras finas. Atualmente é usado em clĂ­nicas especializadas, mas no futuro poderĂĄ ser usado em casa, com controle remoto pelo médico que acompanha", concluiu.

Envelhecimento populacional no Brasil

Vale lembrar que, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂ­stica (IBGE), em 2019, o Brasil contava com 28 milhões de pessoas acima de 60 anos – idade que se considera uma pessoa idosa no paĂ­s -, o que representa 13% da população brasileira. A estimativa da Organização Mundial da SaĂșde (OMS) é que, até 2050, esse nĂșmero chegue a triplicar.

Os nĂșmeros fazem um alerta para o nosso sistema de saĂșde, que pode não suportar a quantidade de doenças decorrentes do envelhecimento. Uma outra recente pesquisa associou a diabetes ao declĂ­nio cognitivo acelerado, neste caso, especialmente em homens com mais de 50 anos.


Fonte: Olhar Digital

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