Na semana passada, Clare Page, uma mãe de 47 anos, ouviu de um juiz que não pode ter acesso aos livros didáticos usados nas aulas de educação sexual da escola da filha, em Londres.
A jornada de Clare para ter acesso ao que as crianças estão aprendendo começou em 2021, quando sua filha chegou em casa afirmando ser "sex positive" e argumentando que a heteronormatividade era uma "coisa ruim".
Clare descobriu que o Hatcham College, onde a filha estuda, utiliza "materiais educativos" fornecidos pela School of Sexuality Education, uma instituição acusada de promover a ideologia de gênero no Reino Unido.
Clare tentou usar as leis de liberdade de informação do país para exigir que o material, atualmente usado em cerca de 300 escolas, fosse disponibilizado para o público. A School of Sexuality Education, contudo, se recusou a liberar o conteúdo.
O Gabinete do Comissário de Informação (ICO, na sigla em inglês) do Reino Unido apoiou a decisão do grupo, determinando que o interesse comercial da instituição de manter seus materiais privados se sobrepunha ao interesse público de publicá-los.
A mãe recorreu à Justiça. Mas um tribunal de primeira instância manteve a decisão do ICO.
"Essa sentença assustadora representa mais um ataque à autoridade parental", observou Joanna Williams, colunista da revista Spiked. "Depois de efetivamente perderem o direito de impedir que os filhos frequentem as aulas de educação sexual e de relacionamentos, os pais agora não podem nem saber o que as escolas estão ensinando. Isso ocorre numa época em que jornalistas, laboratórios de pesquisa e membros do Parlamento estão levantando questões sobre o conteúdo sexualmente explícito e impróprio para a idade que tem sido usado na educação sexual."
Revista Oeste